Conheça a história do casal que passou 11 anos construindo o veleiro em que irão morar

Por: Redação -
18/06/2020

O dia 9 de maio de 2020 entrou para a história do casal Sérgio Danilas, 68 anos, e Maria Auxiliadora Villar Castanheira, 60 anos. A data marcou o início de uma nova vida para os ex-jogadores de vôlei pela Seleção Brasileira e atletas olímpicos. Foi neste dia que eles colocaram pela primeira vez o veleiro Ictus na água, no litoral de Santa Catarina.

O Ictus não é um veleiro convencional. Ele foi construído a quatro mãos durante 11 anos. Tudo começou há cerca de 22 anos com um desejo de Sérgio, que sonhava com a vida de velejador.

“Depois de alguns anos velejando eu tive a certeza de que queria ter meu próprio barco. Só que não dava para comprar porque os veleiros têm um custo muito alto, principalmente por conta da mão de obra. A solução foi fazer um”, conta Sérgio.

E foi dentro de um galpão em Curitiba, há 11 anos, que Sérgio iniciou a obra com a ajuda de Dôra, na época, já haviam se aposentado dos jogos de vôlei e exerciam outras atividades profissionais. Nos primeiros anos da construção, Sérgio revezava entre o trabalho como químico e a construção do barco. A esposa Dôra conciliava as tarefas do barco com os trabalhos em um projeto social que exercia junto ao ex-técnico Bernardinho. Mas, nos últimos cinco anos, resolveram se dedicar exclusivamente ao veleiro, que foi concluído recentemente.

“Quando o veleiro estava praticamente pronto, foi um alívio. Estava na hora de colocar o barco na água. Às vésperas de nossas aposentadorias avaliamos morar no barco e a Dôra abraçou essa ideia”, diz Sérgio.

Conheça o veleiro Ictus

O Ictus foi projetado por Roberto Barros. Ele tem 40 pés – 12,3 metros de comprimento – três camarotes, dois banheiros, sala, cozinha e espaço externo para refeição e lazer. O veleiro é feito de sanduíche de fibra de vidro – duas camadas de fibra de vidro e o interior com uma chapa de polipropileno em forma de colmeia.

Outra característica é que o veleiro possui motor elétrico, e não motor a diesel. O sistema híbrido, com bateria e gerador, move o motor, além de garantir energia elétrica para outros utensílios do barco como micro-ondas, aquecedor de água, fogão e forno elétrico.

“Procuramos fazer um barco o mais confortável possível para morar. Ele tem o conforto de uma casa, mas não o espaço de uma casa, porque aqui é tudo apertadinho. Também não é um barco luxuoso, pois foi feito por amadores, a mão, mas a nossa preocupação sempre foi em ser um veleiro seguro, confiável, confortável e ter tudo o que precisamos para viver nele”, diz Sérgio.

Gostou desse artigo? Clique aqui para assinar o nosso serviço de envio de notícias por WhatsApp e receba mais conteúdos.

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    NÁUTICA Talks terá papo com casal que sai de jet em busca de ondas gigantes

    Michelle de Bouillions e Ian Cosenza contarão como é viver essa experiência ao redor do mundo durante o Rio Boat Show 2024

    Barcos submersos há 7 mil anos já traziam tecnologias utilizadas até hoje

    Encontrados no fundo de um lago na Itália, barcos já carregavam consigo soluções náuticas modernas

    Marte influencia oceanos da Terra com “redemoinhos gigantes”; entenda

    Ciclos provocados pela interação entre os planetas faz com que as correntes oceânicas profundas fiquem mais vigorosas

    NÁUTICA Talks recebe Álvaro de Marichalar em papo sobre volta ao mundo de jet

    Detentor de vários recordes no mar, explorador estará presente na série de palestras que acontece durante o Rio Boat Show 2024

    Nova V550 e jet elétrico serão destaques da Ventura no Rio Boat Show 2024

    Maior lancha da marca e primeiro jet elétrico do Brasil estarão ao lado de outros 11 produtos da marca no salão, de 28 de abril a 5 de maio