Barcos mais rápidos completam 25% da Transat Jacques Vabre Normandie Le Havre
A disputa da Transat Jacques Vabre Normandie Le Havre 2019 continua equilibrada em todas as três classes de barcos inscritas na competição, que tem Salvador (BA) como destino final. A regata em duplas largou no domingo (27) de Le Havre, na França, e nesta quinta-feira (31), os veleiros mais rápidos já estão próximos à Ilha da Madeira, no Oceano Atlântico.
Os catamarãs da Multi50 são os que imprimem maior velocidade e já percorrem mais de 25% do percurso de 8 mil quilômetros. Com estratégia de navegar beirando a costa africana, mais precisamente em Marrocos, o Solidaires En Peloton – ARSEP perdeu provisoriamente a primeira posição caindo para terceiro.
O novo líder é o Groupe GCA – Mille et une Sourires seguido de perto pelo Primorial. Os dois estão mais a oeste na batalha que promete durar até 7 de novembro, quando os multicascos devem cruzar a linha de chegada segundo previsão.
”Estamos tentando pegar os ventos alísios ao longo de Marrocos. Tentamos fazer o caminho mais curto. E depois, vamos ficar atentos às mudanças. Estamos bem!”, disse o francês Gilles Lamiré, skipper de Groupe GCA Mille et un Sourires .
Os ventos alísios citados pelo velejador do Groupe GCA Mille et un Sourires ocorrem com frequência nas áreas sub-tropicais, sendo muito comuns na América e nas ilhas portuguesas. Resultado da ascensão de massas de ar que convergem de zonas de alta pressão, nos trópicos, para zonas de baixa pressão (ciclónicas) no Equador.
A tendência é que os barcos literalmente percam velocidade na aproximação à linha do Equador. ”Amanhã de manhã devemos entrar com os ventos alísios e já estamos preparados sabendo o que nos esperava. Temos a posição que queríamos, continuamos a dominar o jogo e mantemos a cabeça fria”, completou Thibaut Vauchel-Camus- Solidariedade no pelotão da ARSEP.
A disputa na IMOCA segue também equilibrada rumo ao Brasil com Apivia e Charal se revezando na liderança. O grupo de trás é formado por outros oito marcos com diferença de no máximo 150 quilômetros entre os Top 10.
Já na Class40, o Made in Midi lidera com pequena vantagem para a flotilha que vem logo a seguir ainda no mar de Portugal. A regata largou com 59 barcos, mas quatro ficaram pelo caminho por problemas técnicos ou lesões.
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