Sebrae nos EUA
Opinião e quem veio:
Maurício Wilkins, do estaleiro M1
“Já passei por boa parte dos barcos na água e o que me chamou mais a atenção foi a qualidade, qualidade na construção, qualidade na montagem e qualidade no acabamento. Não é nada impossível da gente conseguir fazer no Brasil, mas aqui há uma oferta muito maior de materiais e de fornecedores. É fácil ver também que o segmento dos barcos de pesca é muito forte por aqui.”
Daniel Hulse da empresa Jett Deck, especializada na fabricação de revestimentos de EVA
“Somente nós e mais duas empresas no mundo fabricamos pisos de EVA para barcos. Começamos há 16 anos fazendo revestimentos para reposição dos carpetes sintéticos usados em jets e há três anos ingressamos no mercado das lanchas. Nosso material, comparado ao que vi até agora por aqui, é superior no quesito acabamento. Porém, me chamou muita a atenção a cultura dos fabricantes americanos de barcos. A busca pela qualidade é uma constância por aqui.”
Zamir Pereira da Hydreco, especializada em equipamentos hidráulicos náuticos, como plataformas, flapes e pontes e desembarque
“Comparado ao mercado americano, a principal dificuldade em nossa área, de fabricação de equipamentos metálicos hidráulicos, é a dificuldade na obtenção de matéria prima adequada. Tive um caso em que o próprio cliente, para finalizar um equipamento, teve de viajar ao exterior para trazer uma haste metálica na especificação correta, pois não existia esta peça no Brasil e a burocracia, junto com o custo para importação deste item, tornaria inviável a finalização desta encomenda. Também temos a questão do preço. Nem todos se dispõe a pagar pela qualidade, o que não ocorre por aqui.”
Marcos Sebastião, do estaleiro Brasboats
“Um dois itens que mais me chamou a atenção nesta visita foi o poder de recuperação da indústria náutica americana. Em 2011, no meio da crise pela qual este país passou, haviam poucos visitantes nos salões náuticos da Flórida. Porém, neste ano, a situação mudou bastante e observei muito movimento aqui no Fort Lauderdale Boat Show. Tal como nesta cidade, estamos cercados de água em Florianópolis, mas não aproveitamos os barcos como os americanos fazem aqui. Em termos de lanchas de pesca, espero que um dia tenhamos uma proporção maior neste tipo de embarcação em relação às lanchas de passeio, que aqui representam apenas metade do setor.”
Antonio Soto, do estaleiro Sec Boats
“Somos especializados em catamarãs e desde 2010 tenho acompanhado o mercado de multicascos. Aqui, nos EUA, este segmento têm crescido muito, a uma taxa de 11% ao ano. Isto significa que cada vez mais os multicascos estão conquistando o espaço dos monocascos nas águas americanas. Estamos aqui para verificar tudo que possa ser usado para aprimorar nosso produto no Brasil, que está muito atualizado em relação ao mercado mundial”
Roberto Albuquerque, gerente Sebrae-SC
“Esta é a primeira missão internacional do Sebrae-SC junto com a Acatimar. Trouxemos 12 empresários do setor náutico catarinense para ajudar no desenvolvimento destas pequenas empresas. Conhecer como é o mercado náutico americano, o maior e o mais competitivo do mundo, é uma excelente oportunidade para que todos incorporem conceitos para auxiliar na consolidação e no desenvolvimento de novos produtos no Brasil, bem como na exportação barcos e acessórios para os EUA.”
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Momento curioso foi registrado em parque safari do Reino Unido, e atraiu milhões de visualizações nas redes sociais
Renato levará experiência que levou 3 anos à série de palestras que acontecem durante o Rio Boat Show 2024
Lançamento do estaleiro catarinense vai ganhar as águas já na primeira semana de abril
Cartão-postal do Ceará pode estar com os dias contados devido à interferência humana no processo de formação da duna
Michelle de Bouillions e Ian Cosenza contarão como é viver essa experiência ao redor do mundo durante o Rio Boat Show 2024