Rainha do remo
A paulista Roberta Borsari é uma das maiores incentivadoras do stand up paddle no Brasil, criadora do projeto Suptravessias e uma das praticantes profissionais do esporte que mais viajou para o exterior, a fim de remar em diferentes locais e situações, para aprimorar sua técnica. Graças a isso, é capaz de fazer longas travessias (como sair do litoral norte de São Paulo e remar até Alcatrazes ou dar a volta na ilha de Fernando de Noronha) como se estivesse passeando. E, quase sempre, está mesmo, porque é uma apaixonada pelas pranchas a remo e o prazer que elas proporcionam. “Mas desde que a pessoa esteja bem orientada e com o equipamento certo”, ressalva, como conta neste rápido bate-papo.
SUP é apenas moda?
De jeito algum! O stand up paddle veio para ficar e o segredo desse sucesso é a sua praticidade e versatilidade. Qualquer pessoa apta a fazer alguma atividade física, independentemente da idade, é capaz de remar uma prancha. Mas é claro que quem começa com a postura errada e remando sem nenhuma técnica, desenvolve vícios que comprometem a performance. E isso, às vezes, desanima a pessoa, porque ela se cansa e não avança. Por isso, o ideal é, sempre, consultar um profissional do assunto, seja para aprender direito ou escolher o melhor equipamento, que, por sinal, varia de pessoa para pessoa.
Qual a melhor prancha?
Não existe ‘a melhor prancha’. O que existe é o equipamento ideal para cada pessoa e o que ela pretende fazer com ele — se apenas passear, brincar nas ondas ou fazer um exercício mais intenso. O biotipo do remador também conta muito, porque prancha e remo inadequados ao peso, altura e condição física da pessoa logo se tornam um incômodo. E tudo o que incomoda não dá prazer, o que vai de encontro ao principal objetivo do sup, que é a satisfação da interação com a água. Mas essa é uma escolha que exige ajuda profissional, porque há muitos modelos e marcas, o que sempre confunde os iniciantes.
Qual conselho daria aos iniciantes?
Além de procurar um profissional para orientá-lo, jamais descuidar da segurança. Como não ir além dos limites casino online físicos e sempre checar a previsão do tempo. Às vezes, o dia está lindo e o mar um espelho, mas pode virar de repente. E, se não conhecer bem a região, também ficar atento às correntezas, que podem surpreender os remadores menos experientes. Mas, de resto, é só colocar a prancha na água e se divertir. Mesmo quem tem um barco deveria levar uma prancha a bordo, porque não há nada melhor do que chegar numa praia ou ilha e sair remando, sentindo a natureza bem de perto. Por isso, também, que o sup é um sucesso.
Pioneirismo
O pioneirismo é uma das principais características desta atleta que sempre busca novos desafios e fronteiras. Veja abaixo alguns destaques:
– Primeira atleta a receber autorização do Ministério do Meio Ambiente para realizar a travessia de sup em mar aberto da Barra do Sahy até o Alcatrazes, com cerca de 40km.
– Primeira mulher no mundo a surfar de caiaque a pororoca do rio Araguari na Amazônia brasileira – considerada a maior pororoca do planeta – (2011).
– Primeira supista a fazer a travessia da Ilha do Montão no litoral norte paulista.
– Primeira mulher no mundo a surfar as fortes ondas de Galápagos de caiaque (2009).
– Primeira canoísta brasileira a conquistar uma medalha na mais importante competição de kayaksurf das Américas: Santa Cruz Paddle Fest Surf – (2010).
– Única mulher a correr o circuito nacional de kayaksurf com diversos pódios na carreira (Desde 2002).
– Primeira campeã brasileira de canoa havaiana OC-6 na época em que as equipes eram formadas por 5 homens e 1 mulher (2001).
– Tri-campeã brasileira com a primeira equipe feminina de rafting do país (1997/98/99).
– Primeira mulher a desbravar diversos rios da região sudeste em um caiaque. Rios como o Peixe (Socorro), Paraibuna de São Paulo (São Luiz do Paraitinga) entre outros (Desde 1997).
Reportagem publicada em NÁUTICA Sudeste/edição nº 5
Fotos: Arquivo Pessoal/Facebook
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