Quer sair para pescar mas não sabe como começar? NÁUTICA tira suas dúvidas

Confira dicas de pesca para iniciantes, incluindo equipamentos para pesca e regras

Por: Redação -
10/11/2023

A pescaria está entre os tantos atrativos do mundo náutico e a atividade atrai uma legião de adeptos, seja pela emoção de encontrar um peixe, seja pela tranquilidade dos momentos de calmaria. Por isso, NÁUTICA reuniu as melhores dicas de pesca para iniciantes neste guia exclusivo.

Encontre as respostas para as dúvidas mais comuns sobre equipamentos, licenças, técnicas e uma série de macetes para quem deseja começar a dar os primeiros passos na pesca. Confira!

Dicas de pesca para iniciantes

Qual o equipamento essencial de pesca para iniciantes?

Se você é iniciante na pesca, comece comprando uma vara de ação rápida (como se diz dos modelos com pouca flexibilidade na ponta), com 7’ (2,1 m) de comprimento e classe de 25-30 libras (ou seja, apropriada para linhas com resistência de até 25 ou 30 libras).

O molinete (ou carretilha) deve ser preenchido com pelo menos 120 metros de linha de multifilamento (formada pelo entrelaçamento de múltiplos fios de polietileno), com resistência de 20 a 30 libras.

 

Não pode faltar ainda um bom líder de monofilamento para fazer a ligação entre a linha de multifilamento e a isca ou anzol, podendo ser de náilon ou fluorcarbono com cerca de 30 lb de resistência e comprimento próximo ao da vara, além de acessórios como “snaps” (grampos) para troca de iscas, giradores, pesos (chumbadas) e anzóis variados.

Com esse kit básico de pesca para iniciantes, você estará bem preparado para fisgar várias espécies do nosso litoral, na faixa entre meio quilo e dez quilos.

É preciso ter licença para pescar?

Sim! No mínimo, deve-se ter licença nacional de pesca amadora. A Licença para Pesca Amadora será emitida pela Secretaria de Aquicultura e Pesca e terá validade de 1 ano em todo território nacional e, uma vez licenciado, o pescador poderá pescar em qualquer região do país — salvo locais protegidos por norma federal, estadual ou municipal.

 

Alguns estados podem exigir uma licença de pesca complementar. Para solicitar a licença, o interessado deve acessar o site da secretaria.

Qual o melhor anzol?

Dois tipos de anzóis resolvem a maior parte das situações de pescarias no mar. O primeiro é o modelo maruseigo, considerado de uso quase universal para pescarias de categoria leve a média. O outro é o modelo circular, ou circle hook, que evita que o peixe engula o anzol junto com a isca.

 

Devido ao seu formato, o anzol circular não se prende no tubo digestivo do peixe, “escorregando” até se fixar no canto da boca do animal. Este tipo de anzol é amplamente usado em todo tipo de pesca, da comercial até a oceânica de peixes de bico.

Carretilha ou molinete: o que é melhor ter?

Esta escolha é uma questão pessoal. Porém, para quem está começando, comprar um molinete é o melhor negócio, porque ele não está sujeito aos embaraços de linha na hora do arremesso (as chamadas “cabeleiras”), que só acontecem nas carretilhas.

 

Para formar um bom combo com o tipo de vara indicada no início da matéria, um molinete tamanho 4.000 é uma boa indicação, pelo equilíbrio formado com o caniço, pela capacidade de linha e também pela força para duelar com boa parte dos peixes que encontramos ao longo da nossa costa.

A lua influencia na pescaria?

Sim, na medida em que a posição dela em relação à superfície terrestre dita a movimentação das marés. Nas fases de lua cheia e nova, a amplitude das marés é muito maior do que as fases de quarto-crescente e quarto-minguante. Isso tem uma série de implicações: é mais difícil, por exemplo, manter a embarcação numa mesma posição quando a maré “corre” muito.

 

Por outro lado, quando está com muito pouca movimentação ao longo do dia, é comum que o nível de atividade seja mais baixo. Um período interessante é aquele que compreende os dois ou três dias que antecedem ou precedem as grandes luas (cheia e nova).

Quais as melhores varas para iniciantes na pesca?

A vara ideal quando se fala em pesca para iniciantes depende do tipo de peixe que se pretende fisgar — e como. Para cada modalidade (como arremesso, corrigo, jigging, jig-head, iscas naturais) há uma série de modelos com comprimentos e ações distintos, e a ideia aqui não é nos aprofundarmos em cada uma delas.

 

Como regra geral, quanto mais leve e sensível o caniço, melhor. Aquele que compõe o “combo coringa” que indicamos aqui para quem está começando formará com o molinete um conjunto coringa que poderá ser usado em modalidades diversas, como arremesso, light jigging, uso de soft baits com jig heads e a pesca com iscas naturais.

 

Dica: respeite sempre o casting ou capacidade de arremesso da vara, ou seja, não arremesse pesos maiores que essa indicação, reduzindo as chances de uma indesejada quebra do equipamento durante o arremesso. Um casting de 25 a 30 gramas é coerente com a vara que indicamos aqui.

Qual a linha mais indicada para pescar no mar?

Sem dúvida, a linha de multifilamento ou PE (de polietileno), porque tem baixíssima elasticidade (e, portanto, elevada sensibilidade, mesmo a grandes distâncias) e elevada resistência com pouco diâmetro. Com essa linha, o arraste é menor, principalmente no corrico e na pesca de profundidade.

 

Como pontos desfavoráveis estão a fragilidade diante de situações de abrasão (daí a necessidade do uso do líder de monofilamento em muitas situações) e o fato de ser bastante cortante, especialmente quando as mãos estão molhadas, exigindo cuidado ao ser manuseada por crianças, por exemplo.

Pesca com isca natural ou isca artificial?

Sempre que possível, prefira fazer a pesca com isca artificial. Além de ter um grande poder de sedução sobre a maioria dos peixes predadores (desde que corretamente escolhida e trabalhada, claro), é um tipo de isca fácil de armazenar e transportar. Além disso, não tem cheiro (salvo aquelas com essências) e poupa a vida de outros seres vivos, como peixinhos e crustáceos comumente usados como iscas.

 

Sem contar que a emoção de capturar um peixe com uma isca artificial é sempre especial. Mas há casos em que as iscas naturais ainda levam vantagem, como o farnangaio (ou peixe-agulha) para a pesca de peixes de bico e do corrupto para a pesca de praia.

Quais são as iscas artificiais mais eficientes?

As iscas são escolhidas de acordo com o peixe, o lugar e a modalidade de pesca escolhida. Por isso, há centenas, se não milhares, de tipos! Entre os chamados plugs (iscas de corpo rígido com formato de peixe) de superfície, não podem faltar poppers e sticks com tamanho entre 9 e 17 centímetros.

 

Para a meia-água, iscas de barbela, tanto curta quanto longa (estas mais indicadas para o corrico) são indispensáveis. Mas a família mais polivalente nas pescarias de mar é, sem dúvida, a dos jigs, que podem ser trabalhados desde praticamente a superfície até o leito do mar, em profundidades de 3 dígitos.

 

Os principais tipos são os metal jigs, os jigs de pelo ou cerdas e os jig heads ornados com iscas soft, como camarões e shads. Também é bom ter alguns zangarilhos na caixa para tentar pegar lulas, especialmente no verão.

 

Consultor técnico: Jum Tabata

 

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