Pentacampeão mundial se reencontrará com seu barco de glórias em disputa em Ubatuba

Por: Redação -
24/08/2021

O veleiro Bruschetta será uma das grandes atrações do Campeonato Brasileiro de Vela de Oceano que é disputado nas classes ORC,  BRA-RGS  e Clássicos em conjunto com a 12ª edição do Ubatuba Sailing Festival, que acontece entre os dias 4 e 7 de setembro, com sede no Ubatuba Iate Clube.

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O modelo J-24 foi tetracampeão mundial nas mãos do carioca Maurício Santa Cruz, o Santinha, que tem ao todo cinco títulos mundiais (outro conquistado na classe Snipe), além de títulos Pan-Americanos e participações Olímpicas no currículo. O barco está, desde o fim de 2020, nas mãos de Evandro Csordas que o adquiriu, pesquisou o histórico sobre ele e se deparou com a quantidade de campeonatos ganhos. E, para disputar o Brasileiro de Vela de Oceano na classe BRA-RGS, chamou o reforço de Santinha para buscar o título: “Eu comprei o barco de um terceiro, minha relação estreitou com o Santinha quando busquei informações sobre o histórico do barco e vivo brincando que é o criador e a criatura”, diz Evandro.

“Tivemos excelentes resultados neste ano, fizemos investimentos nas velas Northsail e, na regata Ubatuba-Ilhabela, onde havia mais de 70 veleiros, fomos o 5º a cruzar a linha de chegada, deixando veleiros e tripulações reconhecidos por suas conquistas. Mesmo assim, surpreendemos a todos e fomos campeões da classe RGS e realmente tivemos uma performance muito além da expectativa de todos os concorrentes”, lembrou.

Csordas sonha em levantar no futuro o quinto título mundial na classe J-24 e o Brasileiro pode ser importante nesta busca: “Ainda não temos patrocinadores para este ano, então, estou segurando pessoalmente tudo, mas caso conquistemos o Brasileiro da ABVO em conjunto com o Ubatuba Iate Clube, esperamos ter maior visibilidade do esporte e de nosso trabalho e quem sabe poder atrair apoiadores para correr o Pan-Americano e outras competição internacionais”.

E sobre o reforço de peso, Csordas comemora: “Já fizemos muitos treinos e uma clínica com a tripulação. Santinha conhece cada centímetro do veleiro, um barco que não é comum e cheio de macetes para velejar, até para dar um simples bordo no barco tem objetivo certo, senão não rola”, segue: “Toda tripulação que vai também é muito experiente e com um histórico vencedor de muitas regatas. Estamos ansiosos e muito confiantes que vamos ter um bom desempenho”.

Santinha virá, praticamente, direto dos Estados Unidos, onde competiu no Mundial da classe J-70, em Los Angeles. Ele lembrou de suas conquistas e sua relação com o Bruschetta: “O Evandro comprou o barco e entrou em contato para saber sobre ele. Então fiz uma clínica em maio para a tripulação. Chegando lá ele já tinha puxado toda a história do Bruschetta”.

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“Voltar a velejar no barco sempre passa os grandes momentos que tivemos na equipe Bruschetta. O time, os campeonatos, as conquistas. Foi um projeto super bem sucedido onde a nossa equipe era referência no mundo. Ainda tenho ideia de voltar com o projeto em outra classe para colocar o Brasil outra vez no pódio”, disse Maurício Santa Cruz que destacou as principais características do veleiro: “Ele é um barco feito na Itália, e a quilha tem um desenho diferente. Ela foi desenhada no máximo da regra para correr o Pan-Americano, no Rio. Ele é bem ágil para a largada e menos planador em ventos folgados”.

O veleiro terá a forte concorrência na classe com o barco Lady Lou, comandado por Torben Grael, bicampeão olímpico em Atlanta 1996 e Atenas 2004: “Correr na mesma raia que o Torben já é um grande privilégio que queremos que ele se orgulhe do esporte que ele e o Santinha tanto trabalham para ter reconhecimento”, seguiu Csordas.

A competição terá também o Campeonato Brasileiro da ORC, a principal classe de Oceano no país, contando com outros grandes nomes do esporte como Lars Grael, duas vezes Bronze nos Jogos Olímpicos em Seul 1988 e Atlanta 1996, que virá no veleiro Avohai, além de Eduardo Souza Ramos, multicampeão no esporte e velejador olímpico que disputa a segunda competição com o Phoenix, o barco mais moderno do país que ficou pronto recentemente. O evento comemora os 60 anos do Ubatuba Iate Clube.

“Será um evento fantástico, não dá para perder. Somos sempre muito bem recebidos, Ubatuba Iate Clube, organização impecável de todos, regatas ali nas proximidades da Ilha Anchieta e esse ano ainda fortalecido por ser o Campeonato Brasileiro de Vela de Oceano”, disse Lars Grael.

O 12º Ubatuba Sailing Festival terá também a disputa do Brasileiro entre os barcos clássicos, onde alguns dos veleiros, como o Lady Lou, poderão acumular duas conquistas nacionais nesta classe e no BRA-RGS. Estão confirmados tradicionais barcos como o Kameha Meha e o Cangaceiro na disputa.

“Ubatuba tem se destacado muito positivamente com novos velejadores e a gente vem percebendo um crescimento significativo da vela na região. A posição privilegiada da região propicia isso, estamos perto de Ilhabela, que é grande polo de regatas, próximo do Rio de Janeiro, então a escolha de Ubatuba como Brasileiro é muito acertada”, revelou  Alex Calabria, do veleiro Áries e diretor-adjunto de Vela do Ubatuba Iate Clube.

A expectativa é de superar a marca de 2020, quando compareceram 42 barcos, na época Campeonato Paulista de Oceano: “Nosso objetivo é ter na casa dos 40 ou mais barcos. Além do Brasileiro de ORC e BRA-RGS, teremos a Bico de Proa e BRA-RGS Clássicos convidadas para o 12º Ubatuba Sailing Festival”.

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