Do Paraná ao Pará: a megaoperação para a entrega de uma lancha Triton, a 3 mil km do estaleiro
Não há distância que separe um barco do cliente. Que o diga o estaleiro Triton Yachts, com sede em São José dos Pinhais, no Paraná, que na semana passada tocou uma operação gigantesca para entregar uma lancha de 37 pés (Triton 370 HT) em Belém, a amazônica capital do Pará, um percurso de 3 285 quilômetros.
A operação ocorreu dentro de um planejamento minucioso, com cinco dias para a entrega ser sacramentada. “Não foi um frete isolado. A cada 15 dias, cortamos o Brasil com uma lancha dessa marca rumo a Belém”, conta Salatiel José de Souza, o Zeca, da Souza e Souza Transportes Náuticos, de Florianópolis, empresa especializada no frete de embarcações.
“Para se ter uma ideia, a Marina Porto Seguro, daqui de Belém, tem mais de 50% de sua ocupação de lanchas da Triton Yachts”, reforça Maxwell Cordeiro Moreira, que representa a marca na região norte do país. Números, aliás, que revelam o potencial náutico do país, especialmente de Belém, cidade em que existem diversas opções de lazer para os navegadores, sem contar com um ótimo clima de verão durante o ano todo. “Já são mais de 150 lanchas da marca Triton na região Norte do Brasil”, aponta Allan Cechelero, diretor da Triton Yachts.
Deve ser um sufoco esse tipo de entrega, né? Afinal, o transporte de embarcações não é como o transporte de outras cargas. É preciso usar pessoal treinado e tomar cuidados com carregamento, amarração e descarregamento. “Ainda assim, é tranquilo. Em média, levamos 7 a 8 lanchas por mês para o norte do país. A entrega sempre chega direitinho”, afirma Zeca, que também atende outros estaleiros.
“No último sábado, entregamos uma Intermarine de 56 pés em Manaus. A lancha, com flybridge, foi de caminhão do Guarujá até Belém, e depois seguiu de balsa até a capital do Amazonas. Foi uma de nossas operações mais complexas”, avalia o dono da transportadora. Tudo minuciosamente planejamento. Para garantir a segurança, uma equipe escolta a carreta, de carro, durante a viagem. Assim, o motorista nunca está sozinho. E todos os veículos são monitorados por rastreadores via satélite.
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