Opinião
Os irmãos Renata Bellotti e Marcelo Bellotti estão confiantes na vela brasileira na Rio-2016. Os especialistas na modalidade acreditam que, mesmo com a possível saída da Star – classe mais vitoriosa da vela nacional em Olimpíadas – a seleção brasileira fará um bom papel na raia da Baía de Guanabara em dois anos. Em toda a história são 17 pódios, perdendo apenas para o judô. Segundo Renata Bellotti, o Brasil tem reais chances de pódio em pelo menos cinco classes: Laser, 49erFX, Finn, RS:X e 470.
“Ainda não estão definidos os classificados, mas os resultados internacionais podem nos dar um parâmetro. Na Laser, o Robert Scheidt dispensa apresentação, pois é o maior medalhista olímpico. Na 49erFX, a dupla Martine Grael/Kahena Kunze domina o ranking da Federação Internacional de Vela (Isaf). Na Finn, o Jorginho Zarif é o atual campeão mundial. Já na 470, Fernanda Oliveira/Ana Barbachan estão voando. Por fim, o Bimba e a Patrícia Freitas se destacam na RS:X. Na maioria das classes, pelo menos um velejador está a altura para substituir os titulares”, contou Renata Bellotti. “Cito também o esforço feito pela Fernanda Decnop. A velejadora de Laser está investindo o que tem e o que não tem para a campanha olímpica”.
Incentivadora da vela feminina, Renata Bellotti está confiante nas meninas do País. A velejadora da equipe F7 SerGlass lembra que, pela primeira vez na história, o Brasil tem chance de sair com pelo menos três medalhas entre as mulheres. “As meninas estão velejando mais e participando de regatas olímpicas e oceânicas. Isso é importante e motiva as atletas. Claro que a Olimpíada no Brasil potencializa os resultados, mas as meninas provam que estão bem. Liderar ranking da Isaf e ficar sempre entre as top 10 é um bom indício”. A única medalha feminina do Brasil na vela foi em Pequim-2008 com Fernanda Oliveira/Isabel Swan na 470.
Star fora? – Em 2014, Marcelo Bellotti decidiu de vez fazer campanha na classe Star. Mesmo sabendo que a categoria poderia ficar de fora da Rio-2016, o velejador da F7 SerGlass apostou no barco, que é apontado como o mais técnico da vela. As informações indicam que ainda há uma pequena chance da Star voltar ao calendário. Velejadores e confederações fizeram esforços em prol da categoria, mas até agora não surtiu efeito.
“É a classe mais vencedora do nosso esporte. Robert Scheidt, Torben Grael e outros campeões conquistaram medalhas na categoria, mas infelizmente decidiram tirar a categoria. Ainda há esperança e, se abrir uma campanha olímpica, vou tentar a vaga. O Star é o melhor barco para se velejar”, disse Marcelo Bellotti.
As classes Nacra e 49erFX entraram no cronograma da Olimpíada nos lugares de Star e Match Race.
Foto: Fred Hoffmann
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