Nova Schaefer 660 reúne qualidades dos modelos anteriores da marca, com mais espaço e modernidade

Por: Redação -
27/09/2019
Foto: Sky Sampa/Take Boom Produções

Sabe aquele conceito de gestão de qualidade segundo o qual “nada é tão bom que não possa ser aperfeiçoado”? Foi o que norteou o empresário Marcio Schaefer, comandante do estaleiro catarinense Schaefer Yachts, na concepção e construção da novíssima Schaefer 660, com flybridge, apresentada ao público durante o São Paulo Boat Show 2019, de 19 a 24 de setembro. Depois de lançar seu primeiro iate — o elogiado Schaefer 830 —, o dono (e projetista) do estaleiro que tem sede nas cidades de Florianópolis, Palhoça e Biguaçu decidiu voltar seus olhos novamente para a faixa de 60 pés, na qual reinava com a aprovadíssima Schaefer 640, já com 70 unidades entregues em seis anos (de 2012 a 2018). Para isso, desafiando a tese de que “em time que está ganhando não se mexe”, ele retirou a 64 pés de linha e investiu em uma lancha totalmente nova nesse segmento, agora com 20,36 metros de comprimento (66,7 pés). Sim, a Schaefer 660 é uma nova lancha, e não apenas uma versão alongada de sua antecessora. “Nela, reunimos as melhores características da 64 pés com tudo o que considero de melhor em meus 27 anos de projetista”, conta Marcio, que desde a fundação da Schaefer Yachts, em 1992, já construiu cerca de 3 500 barcos, de quase duas dezenas de modelos, de 19 a 83 pés.

O resultado é uma lancha de muito pedigree, que promete agradar em cheio aos amantes da marca, uma vez que traz todas as vantagens do modelo anterior (“inclusive o alto valor de revenda”, ressalta Marcio), com muito mais espaço e modernidade.
Por que a mudança, se tudo caminhava maravilhosamente bem? “Em mercados competitivos, as exigências dos clientes são crescentes. Por isso, é necessário estar sempre inovando, promovendo melhorias contínuas”, explica Marcio, que se diz bastante satisfeito com o seu novo projeto. Não é para menos.

De cara, a nova Schaefer 660 chama atenção pelo design. As janelas em curva combinam harmoniosamente com as linhas do casco. Sua característica mais marcante, porém, será a sensação de espaço transmitida pelo convés principal. A praça de popa é livre, plana e desimpedida. O segredo para isso está na versatilidade dos móveis: cadeiras deslocáveis, em vez de sofás fixos, que fazem com que o ambiente, que já é grande, pareça maior ainda. Entre a praça de popa e o salão haverá um único e grande living, sem degraus nem interrupções, a não ser uma porta de vidro quadripartida que, quando totalmente aberta, integrará os dois ambientes. Outro segredo para a Schaefer 660 ter um cockpit tão espaçoso foi abrir o convés lateralmente, nos dois bordos. São duas deliciosas plataformas laterais, de acionamento hidráulico (basta apertar um botão), apenas para sentar, relaxar e contemplar o mar. Tal solução ajuda a dar a sensação de que o barco é maior do que é.

Da popa para a proa, outro elemento diferenciador dessa 66 pés é que, em vez do tradicional solário, ela tem à frente uma verdadeira sala ao ar livre, com mesa desmontável que vira solário, tenda e suportes — equipamentos que, quando não estiverem em uso, terão à disposição um paiol próprio. Por sua vez, o flybridge, com espaço para dez pessoas, oferece uma autêntica área de lazer. Do jeito que os brasileiros gostam. Além disso, o comando interno tem um bonito painel diferente, flutuante, e tanto a poltrona do piloto quanto a do acompanhante são revestidas de couro legítimo.

No convés inferior, outro show de conforto. São quatro camarotes, com pernoite para oito pessoas, e três banheiros, sendo que a suíte máster ocupará toda a largura do casco à meia-nau, de 5,05 metros. O acesso a essa suíte será feito por meio de uma entrada privativa existente no salão (uma escada individual), a boreste — é o primeiro barco da Schaefer Yachts com esse diferencial, comum em algumas lanchas feitas na Europa. Tem também um camarote para dois marinheiros, na popa. E todos os camarotes do convés inferior são contemplados com enormes janelas, quase rentes à linha d’água.
A cozinha também fica na entrada do salão, só que a bombordo, com uma grande bancada, pia e fogão, além de espaço para uma geladeira de 450 litros! A mesa de refeições fica mais adiante, a boreste do salão.

Com iluminação natural abundante propiciada pelas enormes janelas laterais e um para-brisa inteiriço que avança até o posto de pilotagem, este barco reflete claramente a intenção do estaleiro em dar leveza aos ambientes de convivência social.
Para completar, a plataforma de popa submergível — exigência dos brasileiros para ficar pertinho do mar — conta com um móvel gourmet embutido de acionamento elétrico (basta apertar um botão para avançá-lo ou recolhê-lo), além de escadas de acesso à praça de popa dos dois lados. O espaço funciona como uma espécie de varanda, com mesa, churrasqueira e água doce. Merece destaque também um detalhe que não aparece claramente nas imagens em 3D: a qualidade da construção. Em outras palavras, é produzida em série e 100% pelo sistema de infusão.

Por usar o sistema de infusão durante a construção, a Schaefer 660 promete ser uma das melhores lanchas brasileiras em termos de laminação. Isso significa uma navegação mais eficiente, ou seja, veloz e econômica. Além disso, o casco tem um V profundo, de 17 graus, próprio para enfrentar mar grande. Na motorização, dois Volvo IPS 1 050, de 800 hp cada; ou dois Volvo IPS 1 200, de 900 hp cada, e o tanque de combustível tem capacidade para 2 600 litros de diesel. Com isso, a expectativa de Marcio Schaefer é que a lancha alcance 26 ou 27 nós na velocidade de cruzeiro, com 32 ou 33 nós de máxima. A Schaefer 660 chega ao mercado para concorrer diretamente com dois modelos de lanchas cabinadas com flybridge: a Intermarine 66 e Azimut 62. Segundo o comandante do estaleiro, já tem cinco unidades vendidas, e a Schaefer tem estrutura para construir uma por mês.

Fotos: Matheus Fugazza

Antenado com tudo o que acontece no mundo náutico, aqui e lá fora, Marcio Schaefer tem outra lancha pronta para sair do forno: a Schaefer 770. E trabalha no projeto de um barco destinado à exportação, cujo modelo ainda não pode revelar. Depois disso, já com o nome de seu estaleiro consolidado internacionalmente, o que será que ele ainda aspira nesta vida de grandes vitórias? “O que me move é fazer sempre melhor. Já temos uma linha de produção toda verticalizada — ou seja, fazemos tudo dentro da nossa fábrica — e oferecemos lanchas de 30 a 83 pés. Eu poderia pensar em fazer um barco maior, mas não queremos. Seria necessário aumentar muito a estrutura do estaleiro, e não vale a pena. Então, prefiro focar em fazer o que há de melhor em termos de construção náutica. É daí que vem a minha realização”, revela. O resultado são projetos modernos e muito criativos. A Schaefer 660 promete ser uma boa prova disso.

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