Nova geração

Por: Redação -
05/04/2015

A classe Star é, sem dúvida, a mais técnica de todas as categorias da vela. Mas isso não assusta a nova geração da modalidade, que sonha um dia em disputar uma Olimpíada. No Campeonato Brasileiro de Star 2015, que está sendo disputado neste fim de semana na Represa do Guarapiranga, os mais novos têm a chance de medir forças com os ídolos do esporte, como Lars Grael e Bruno Prada. Mas o que eles mais querem é aprender.

“A classe Star é muito importante e legal de correr. Sempre uma grande experiência para as nossas carreiras”, disse Antônio Moreira, de 17 anos, que pretende fazer campanha olímpica na classe Finn para Tóquio-2020. “Só tem cara bom correndo as regatas. Os mais novos ganham experiência e mantém a evolução da classe”, ressalta Alexandre de Freitas, campeão júnior no ano passado e hoje é proeiro do velejador Admar Gonzaga.

Atual campeão brasileiro juvenil – título vencido em Brasília, no ano passado -, o timoneiro Felipe Rondina está ‘com lápis e papel’ na mão para anotar tudo que os mais experientes fazem. As “dicas”, segundo ele, podem ajudar em outras campanhas. “Busco sempre me aprimorar e ouvir atletas experientes. Correr de Star me dá essa oportunidade de melhorar minha técnica, pois posso trocar ideias, competir e ver como os meus ídolos velejam”, contou o atual campeão brasileiro júnior de Star. O velejador de 17 anos, o mais novo entre os participantes do Brasileiro, também sonha em disputar uma Olimpíada na classe 49er.

A única mulher entre os 48 velejadores inscritos no Campeonato Brasileiro de Vela 2015 é Marlyn Nigri Szili. Ao lado do marido Marco Szili, os dois formam uma dupla inusitada nas águas da Represa do Guarapiranga. “A classe Star é muito interessante e bastante técnica. Preciso prestar atenção em 15 detalhes durante uma perna de contra-vento, por exemplo. Não se parece nada com um barco de cruzeiro”.

A velejadora faz a proa, uma função bastante ingrata para suas características físicas e pelo seu peso de 53 quios. “Precisava ter uns 130 quilos, mas tenho menos da metade. A gente sofre bastante, principalmente no vento forte do primeiro dia de regata. O peso é minha maior desvantagem nas manobras. Mesmo assim está sendo muito especial disputar o campeonato”, contou Marlyn Nigri Szili.

Por ser mulher entre todos os marmanjos, proeira e magra, Marlyn Nigri Szili foge do habitual na categoria. Mas ela chama ainda mais a atenção por disputar as regatas a bordo de um Star de madeira. A relíquia é do ano de 1969 e original. “É um Star de colecionador. Apenas fizemos as ferragens, o que transforma o barco em um modelo moderno na hora de velejar”, explicou Marco Szili.

O casal do Brasileiro de Star é recente na classe, tendo menos de um ano e meio de experiência. Os dois são apaixonados pela vela e também brincam de kitesurf.

No segundo dia de regatas, ontem (sábado), começou com pouco vento e os barcos só saíram do Yacht Club Paulista por volta das 15h para aproveitar o vento sudeste e sul, que chegou a registrar 12 nós. Na única regata do dia, Lars Grael e Samuel Gonçalves conseguiram se manter na liderança provisória do campeonato, mas contam com o medalhista olímpico Bruno Prada e seu timoneiro Alexandre Paradeda, e o experiente Alexandre Pascolato, o Dino, com o proeiro Henry Boening, vivos na disputa por um lugar no pódio.

“Em uma represa é sempre difícil de velejar, pois o vento é rondado. Tem que ter sorte para a rajada pegar primeiro no seu barco. É uma regata de observação e atenção”, lembra Samuel Gonçalves, proeiro de Lars Grael. Samuel é mais um integrante da vela jovem nacional

Após dois dias de competição na Represa Guarapiranga, a classificação geral é a seguinte:

1º – Lars Grael e Samuel Gonçalves (Come Together) – 8474
2º – Alexandre Paradeda e Bruno Prada (Al Hammed) – 8391
3º – Alexandre Pascolato e Henry Raul Boening (MIISCA) – 8494
4º – Fabio Brugioni e Marcelo Sansone (Team Wine) – 8468
5º – Marcelo Fuchs e Ronald Seifert (Clementine) – 8398

Foto: Aline Bassi/Balaio

 

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