Nativo

Por: Redação -
12/11/2014

Um mês e meio. Foi esse o tempo em que o barco Nativo ficou à deriva, sem sequer um tripulante e em alto mar. Na última terça-feira (11), a embarcação que capotou horas depois da largada da 26ª edição da Regata Recife/Fernando de Noronha (Refeno), na noite do dia 27 de setembro, foi encontrada por pescadores depois de encalhar após uma maré de cinco metros na Ilha de Canelas, na Baía de Maiaú, no município de Bragança, no Pará.

O responsável por identificar o barco foi um professor do Instituto Federal do Pará (IFPA), Cristovam Diniz. Ele foi avisado por pescadores que um avião havia caído no local. Ao notar que se tratava de um barco, Cristovam investigou e encontrou um cartão com o telefone do irmão do comandante da embarcação, Jorge Neves. Ligou e deu a notícia.

“O Nativo está completamente estragado, possuindo apenas o casco central, que está furado”, explicou Jorge. Nele, foram encontrados um pen-drive e uma estação de vento. Jorge Neves avisou que deve ir ao Pará já neste fim de semana.

A embarcação pernambucana Nativo capotou por volta das 23h do dia 27 de setembro nas proximidades da cidade de Cabedelo, na Paraíba. Os seis tripulantes da embarcação Nativo só foram salvos graças a um item de segurança que a partir deste ano passou a ser obrigatório em todas as embarcações que participaram da Refeno – a balsa salva-vidas, acionada depois que um dos cabos de sustentação do barco rompeu.

Os tripulantes passaram a primeira noite em cima do barco emborcado. Quando amanheceu, montaram a balsa salva-vidas. Após quase 35 horas à deriva em alto mar, os seis tripulantes da embarcação pernambucana foram encontrados e resgatados, com saúde, por um navio mercantil de bandeira liberiana que transportava óleo. A embarcação Nativo estava a 26 milhas da costa de Natal, capital do Rio Grande do Norte, local para onde foram levados.

O Cabanga Iate Clube de Pernambuco anunciou durante a coletiva de Imprensa da 26ª Regata Recife/Fernando de Noronha (Refeno) outras mudanças para garantir ainda mais segurança para todas as embarcações e tripulantes que disputarão as próximas edições da Refeno. A principal delas será a antecipação da exigência do uso do Epirb 406Mhz. Até então, essa obrigatoriedade estava prevista apenas para a Refeno de 2016.

O Epirb é um dispositivo eletrônico via satélite que pode ser acionado manualmente ou automaticamente quando entra na água. “Se o barco virar ou capotar, ele automaticamente vai emitir o sinal da posição correta onde está o barco. Esse sinal continuará a ser emitido por mais 48 horas. Após acionado, o mundo inteiro, não só a Refeno, ficará sabendo da posição. É um dispositivo de socorro”, explicou o coordenador geral da Refeno, João Jungmann.

A organização da Refeno também lembrou que mesmo com o Epirb, o veleiro terá, obrigatoriamente, que portar um Spot, onde a sua posição poderá ser acompanhada durante toda a prova tanto pela Comissão de Regata quanto pela Marinha, além de ser um dispositivo que também emite um sinal de socorro via satélite caso necessário.

Vejas as imagens da embarcação encontrada:

Fotos: Divulgação

 

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