Na 71ª edição, Regata Santo-Rio contempla velejadores de várias classes oceânicas

Por: Redação -
16/10/2021
Foto: Aline Bassi

A regata mais tradicional da vela oceânica brasileira terá sua 71ª largada em 22 de outubro na Baía de Santos. O desafiador percurso entre os Iates Clubes de Santos (ICS) e Rio de Janeiro (ICRJ) é de aproximadamente 200 milhas náuticas (cerca de 360 km). A Regata Santos-Rio de 2021 contempla democraticamente velejadores das classes oceânicas que tenham seus barcos em conformidade com o Aviso de Regata (AR).

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Estão convidadas pelo ICS e ICRJ as seguintes classes: VPRS, BRA-RGS, ORC, RGS-Clássicos, Mini Transat e Bico de Proa. O tempo de regata, é óbvio, fica diretamente relacionado à intensidade do vento. A entrada de uma frente fria, por exemplo, pode levar o vencedor a concluir a prova em menos de um dia, enquanto uma calmaria pode manter a flotilha no percurso por mais de três dias.

Na 65ª edição, os gaúchos do Camiranga, um Soto 65, completaram a prova em 18h09m, estabelecendo o atual recorde. A marca anterior pertencia ao Sorsa III (RJ), um Farr 53, com 19h33m. O maior número de inscritos foi obtido em 2020, na 70ª Edição, com 68 embarcações. Por ser ao mesmo tempo uma prova de mar aberto e de curta duração, a Santos-Rio atrai anualmente os principais velejadores do País, incluindo-se campeões olímpicos e mundiais.

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A regata de 2020 foi emblemática, pelo recorde de inscritos e pelas rajadas que atingiram 38 nós (70 km/h). Presenças ilustres, como a família Grael, Isabel Swan, Samuel Albrecht e Maurício Santa Cruz elevaram o nível da disputa. Dos 68 barcos que largaram, 30 abandonaram por avarias. O Ventaneiro 3, de Renato Cunha, ficou em primeiro lugar na classe ORC. Na IRC, o CBVela Rudá, do bicampeão olímpico Torben Grael, levou a medalha de ouro, enquanto na RGS, o vencedor foi o Pangea, de Jorge Carneiro.

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Sincronizados na terra e no mar – A afinidade entre os dois organizadores tem sido essencial para o sucesso e a longevidade da regata. “Os Iates Clubes de Santos e do Rio sempre dedicaram carinho especial a essa regata. Contaram até agora com a colaboração da ABVO – Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, e Marinha do Brasil, participando com seus veleiros, prestigiando a largada com o imponente Cisne Branco e garantindo a segurança com a escolta da flotilha em todo o percurso”, enaltece o vice-comodoro financeiro e administrativo do ICS, Jonas Penteado.

Velejador assíduo nas principais regatas de oceano do País, Penteado competiu em 26 edições da Santos-Rio. “A inteiração entre as cidades de Santos e Guarujá na largada, e com o Rio de Janeiro, na chegada, aumenta a cada ano. Culminou em 2020 com o desfile dos barcos, antecedendo a largada e atraindo muitos espectadores que se encontravam na orla da Ponta da Praia. Repetiremos neste ano”, afirma Penteado.

Foto: Marco Yamin

Pelo lado do Iate Clube do Rio de Janeiro, o assessor de diretoria de Vela também enaltece a parceria. “Estamos próximos de mais uma edição da Regata Santos-Rio, a 71ª, completando 70 anos de uma iniciativa muito bem-sucedida entre dois grandes clubes náuticos do Brasil: ICRJ e ICS. Esperamos mais uma vez um número expressivo de barcos, representando os principais polos da vela oceânica brasileira”, deseja Ricardo Baggio, o Kadu.

As condições climáticas, fator essencial para se definir a estratégia de regata, desde já começam a ser especuladas. “Esperamos também que a intensidade do vento permita uma boa navegação e uma velejada que conduza todas as tripulações até a linha de chegada no Rio de Janeiro. Ambos os clubes estão trabalhando em sincronia para atender às necessidades de todos os participantes, antes e depois da regata”, assegura o diretor executivo do ICRJ, Kadu.

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