Capitania Fluvial do Rio Paraná recebe primeira lancha personalizada para combater crimes transfronteiriços
O Comando do 8º Distrito Naval (Com8DN), por intermédio da Capitania Fluvial do Rio Paraná (CFRP), apresentou a comunidade do Oeste paranaense no dia 23 de julho a Lancha 888 Raptor “Poraquê”, uma embarcação multimissão de alta velocidade, blindada, antichamas, com casco resistente a impactos, e projetada para fornecer mobilidade tática e suporte de fogo em ambientes litorâneos e ribeirinhos. A nova unidade vai reforçar as ações de fiscalização do tráfego aquaviário e a presença do Estado brasileiro no Lago de Itaipu, principalmente em patrulhamento no local e operações interagências para o combate aos crimes transfronteiriços, como o contrabando e o tráfico de drogas e armas.
A “Poraquê” foi apresentada pelo Comandante do 8º Distrito Naval (Com8DN), Vice-Almirante Antonio Carlos Soares Guerreiro, em uma solenidade na Patromoria da CFRP em Foz do Iguaçu – cidade na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. O evento contou com a presença de autoridades militares e civis, principalmente de representantes de forças militares e policiais que devem operar em conjunto com os militares da Marinha do Brasil no uso da nova lancha. Entre estas instituições, destaca-se o Exército Brasileiro (EB), o Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) da Polícia Federal (PF), o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) da Polícia Militar do Paraná (PM-PR), e a Receita Federal.
A Lancha 888 Raptor “Poraquê” será empregada prioritariamente no Lago de Itaipu, formado pela barragem da Usina Hidrelétrica da Itaipu Binacional com cerca de 170 quilômetros de extensão e uma área de aproximadamente 1 350 quilômetros quadrados na divisa entre o Brasil e o Paraguai. O investimento na unidade, de cerca de R$ 1,5 milhão junto ao estaleiro DGS Defense, foi realizado pelo Comando do 8º Distrito Naval para assegurar a capacidade de projeção de poder nas águas interiores, e garantir meios operativos fluviais em permanente condição de pronto emprego para a defesa dos interesses do Brasil e de instalações de interesse nacional sensíveis, como a Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional.
A Poraquê tem a capacidade de desenvolver velocidade de até 70 quilômetros por hora, possui a cabine totalmente blindada para a proteção de até quatro militares, e pode ser armada com uma metralhadora MAG calibre 7,62mm. O fabricante informa que o casco tem como matéria prima um composto termoplástico híbrido de alto peso e ultra-alto peso molecular. Segundo o DGS Defense, a embarcação conta com a propriedade de retardante de chamas, elevada flutuabilidade, baixo calado, e está preparada para absorver choques típicos da navegação ribeirinha, como pedras e galhos. A nova lancha é equipada ainda com radar e câmera térmica, além de ter sido desenvolvida com o objetivo de conferir furtividade à navegação a fim de contar com o elemento surpresa nas ações de combate aos crimes transfronteiços no Lago de Itaipu.
O nome “Poraquê” é originado em um peixe fluvial popularmente conhecido como Enguia Elétrica ou Peixe Elétrico. O Poraquê é carnívoro e habita rios e lagos de águas calmas da Bacia Amazônica e produz uma corrente elétrica de até 600 volts, carga suficiente para matar um cavalo adulto.
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