Conheça o novo jet stand-up Kawasaki SX-R 1500

Por: Redação -
16/03/2018

Com tudo novo em sua concepção, do casco ao motor, da potência à agilidade, o SX-R reinventa a categoria de jet stand-up, de apenas um lugar, em pé. No passado, a marca japonesa foi quem produziu o primeiro e genuíno jet ski, quando um de seus diretores solicitou ao departamento de desenvolvimento de produtos que criasse um “brinquedo” a motor para ser oferecido de presente aos melhores clientes. O novo modelo, produzido nos EUA, substitui o SX-R 800, e é voltado para o público que está em busca de emoção e muita diversão na água. O jet pode ser usado tanto para o lazer quanto para competição, já que atende aos requisitos relacionados à emissão de poluentes, devido ao seu moderno motor 4 tempos, 4 cilindros de 1 500 cilindradas e 160 hp — substituindo o motor de dois cilindros, 80 hp, dois tempos, usado pelo 800 SX-R.

Visualmente, o SXR 1500 ficou com linhas mais modernas e agressivas. Na proa, o desenho do casco limita a quantidade de spray que normalmente é gerada ao cortar e furar marolas, facilitando a vida do piloto. Na popa, o espaço é maior e apresenta uma pequena inclinação para frente, melhorando automaticamente a distribuição do peso e, consequentemente, a performance e o conforto. Porém, o convés não tem acabamento emborrachado nas laterais, o que pode provocar dolorosas pancadas com os braços e pernas quando se está navegando.

Por ser robusto, o SX-R é mais fácil de pilotar por iniciantes. Já os experientes podem achá-lo limitado nas manobras

Além do dobro da potência do modelo anterior, é fácil identificar que este modelo também é maior e mais volumoso (cerca de 52 cm de comprimento e 3 cm de largura) e conta com 82 quilos a mais de peso total. Não é pouco, pois esses “quilinhos” a mais sacrificam a questão da mobilidade, dentro e fora da água, já que os modelos anteriores (além do único concorrente do mercado, da Yamaha) podem ser carregados por duas pessoas, podendo ser transportados na caçamba de pick-ups sem a necessidade de carretas rodoviárias, por exemplo.

No nosso teste, feito nas águas do Guarujá, em São Paulo, por ser maior e mais pesado, o SX-R mostrou-se um jet muito mais “amigável” na hora de pilotar em relação à versão anterior, mas pode ficar limitado para aqueles que buscam manobras mais ousadas. A grande dificuldade enfrentada por boa parte dos entusiastas desse estilo de jet sempre foi a estabilidade e o equilíbrio durante a navegação, principalmente em condições de mar picado. A distribuição do peso e a posição em um pequeno convés são fundamentais para que a diversão seja completa, evitando quedas e a falta de controle, principalmente nas curvas.

As laterais internas não têm acabamento de borracha, o que pode provocar pancadas doloridas

Além de ser bem mais pesado que os outros modelos já vistos, o que mantém o jet mais “dentro” da água, o SX-R conta com uma flutuação mais positiva, facilitando muito a vida dos pilotos inexperientes. Sem contar que proporciona condições para se acelerar todos os incríveis 160 cavalos de potência.

A diferença de performance entre o modelo anterior, 800 SX-R, e novo jet da Kawasaki é brutal. Na prática, se ambos os jets largassem juntos para uma arrancada de 50 metros, o modelo novo chegaria na frente com 19 metros de diferença! Não é à toa que já está sendo criada uma categoria para que esses jets possam competir profissionalmente, evitando injustiças entre os pilotos de outros modelos. Com um tanque de combustível de 23 litros é possível navegar cerca de duas horas seguidas. Essa autonomia não é pequena, como pode parecer: 30 minutos de brincadeira são suficientes para queimar muitas calorias e deixar braços e pernas de qualquer piloto bem cansados.

O moderno motor 4 tempos, 4 cilindros de 1 500 cilindradas e 160 hp que substitui o motor de dois cilindros, 80 hp, dois tempos, usado pelo SX-R 800

Para os que já têm intimidade com esse tipo de jet, uma das novidades são as alhetas laterais (estabilizadores, normalmente só vistos nos modelos de jet sentados), que proporcionam curvas mais fechadas e maior controle. O casco ganhou também duas bueiras no espelho de popa, para facilitar drenar a água durante a lavagem do motor.
Luzes no guidão indicando o nível de combustível e de óleo, chave magnética e um pequeno espaço de armazenamento completam a lista de soluções deste novo Kawasaki, que chega ao mercado por cerca de R$ 80 mil. Enfim, um jet à moda antiga para bolsos bem seletos.

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