Empresa poderá realizar jornadas subaquáticas até os destroços do Titanic
Titanic é o navio mais famoso do mundo – e também o mais notório naufrágio. É raro alguém que não conheça a trágica história de como o transatlântico colidiu com um iceberg na noite de 14 de abril de 1912 e afundou menos de três horas depois.
Somente os passageiros mais ricos podiam pagar por passagens para as cabines de luxo na primeira e última viagem do Titanic. Em 2019, novamente aqueles com carteiras recheadas poderão percorrer os conveses do famoso navio.
A empresa americana OceanGate planeja realizar diversas jornadas subaquáticas para o Titanic em meados deste ano. Cada assento em seu submarino de águas profundas custa cerca de 105 mil dólares (387 mil reais). O valor é equivalente a uma passagem de primeira classe na viagem inaugural do navio – ajustada pela inflação.
A missão de longo prazo da OceanGate, espalhada ao longo de vários anos, foi concebida como uma “pesquisa longitudinal para coletar imagens, vídeos e dados de sonar […] e fornecer uma base objetiva para avaliar a deterioração dos destroços ao longo do tempo e ajudar a documentar e preservar sua história submersa”, de acordo com a empresa.
Os destroços do Titanic estão no fundo do Atlântico, cerca de 3 800 metros abaixo da superfície do oceano e a aproximadamente 600 quilômetros da costa de Newfoundland, no leste do Canadá. O navio naufragado foi descoberto em 1985.
LEIA TAMBÉM
>>Palm Beach Motor Yachts apresentará versão aberta do GT50 em Miami
>>Confira oito modelos de superiates que trazem cinema a bordo
>>Cabanga terá três representantes na Copa Brasil de Estreantes
Para chegar a uma profundidade tão grande, a OceanGate enviará cientistas e convidados pagantes a uma pequena missão submarina, denominada Titã. O submarino feito de fibra de carbono e titânio transportará um piloto, três turistas e um especialista em mergulhos de duração entre 10 e 12 horas.
Os passageiros dispostos a desembolsar a tarifa certamente terão a viagem de suas vidas. Enquanto isso, biólogos marinhos especializados em alto-mar devem pesquisar as várias centenas de espécies que são exclusivas do Titanic e de seus arredores.
Arqueólogos marinhos devem fazer uma varredura dos destroços com lasers e câmeras especiais para aprender sobre quais materiais sobrevivem aos anos de degradação. Ninguém esteve no Titanic nos últimos nove anos, portanto, será interessante ver como a embarcação está agora.
Com múltiplos mergulhos todos os anos, Rush planeja obter informações exatas sobre a rapidez do progresso da degradação do navio. Espera-se que os lasers sejam capazes de medir o encolhimento em milímetros de ano para ano.
Em 2010, pesquisadores da Universidade de Dalhousie, no Canadá, descobriram um novo tipo de bactéria na carcaça do Titanic. A Halomonas titanicae pode sobreviver em condições inóspitas à maioria das outras formas de vida – e adora comer ferro. É uma das razões pelas quais alguns especialistas afirmam que o Titanic irá se deteriorar completamente nos próximos 20 anos.
Quer conferir mais conteúdo de NÁUTICA?
A edição deste mês já está disponível nas bancas, no nosso app
e também na Loja Virtual. Baixe agora!
App Revista Náutica
Loja Virtual
Disponível para tablets e smartphones
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Vencedora de concursos internacionais, fotógrafa é presença confirmada no Rio Boat Show 2024
Com 10 episódios, “A Europa como você nunca viu” acompanhará um casal, uma criança e um cachorro pelos canais dos Países Baixos
Criador do BRally, o empresário contará como foi a circum-navegação, em bate-papo que acontece dentro do Rio Boat Show 2024
Formação, totalmente online, foi criada em parceria do Ministério do Turismo com Universidade Federal Fluminense
Das lanchas de entrada aos grandes iates, o público pôde ver de perto opções para todos os gostos e bolsos