Apesar da dureza das guerras mundiais, o navio U.S.S. Nevada era uma embarcação resiliente: foi o único navio de guerra a ser enviado durante o ataque a Pearl Harbor, no dia 7 de dezembro de 1941, e sobreviveu às bombas e aos torpedos antes de se incendiar, encalhar e ser posteriormente reparado. Este navio usou as suas armas contra posições alemãs na Normandia, no Dia D, e continuou a apoiar as invasões de Okinawa e de Iwo Jima. No fim da guerra, o U.S.S. Nevada foi selecionado para alvo central do primeiro teste nuclear no Atol de Bikini, onde sobreviveu a uma detonação aérea de 23 quilotoneladas (a bomba falhou), bem como a uma segunda detonação subaquática. Finalmente, no dia 31 de julho de 1948, depois de um exercício armado de quatro dias, o navio mais resiliente da Segunda Guerra Mundial foi deliberadamente afundado pela Marinha dos EUA no Pacífico.
Agora, graças aos estudos de arquivo e às investigações subaquáticas feitas ao longo de 260 km quadrados, os destroços do Nevada foram localizados a 65 milhas náuticas a sudoeste de Pearl Harbor. O anúncio foi feito no dia 11 de maio através de um comunicado de imprensa. A descoberta resulta da colaboração entre a empresa de gestão de recursos culturais SEARCH Inc. e a empresa de robótica marinha Ocean Infinity.
Os destroços do Nevada estão localizados a uma profundidade de mais de 4 670 metros no fundo do Oceano Pacífico. A investigação inicial dos destroços indica que o navio de guerra se afundou invertido numa planície lamacenta, com um campo de destroços que se estende ao longo de 600 metros a partir do casco. A proa e a popa do navio não foram encontradas.
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