Conheça os maiores piratas da história, admirados por sua coragem e destreza no comando de veleiros

Por: Redação -
10/09/2020
Abandoned ship at the sea

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Saqueadores implacáveis, eles fizeram história ao longo dos séculos 16, 17 e 18, a época de ouro da navegação europeia. E continuaram atacando nos anos 1800, com astúcia e crueldade. Conheça os maiores piratas da história da navegação:

Sadie, a Cabra
Quando se fala em piratas, logo imaginamos nomes como Edward Teach (o Barba Negra), Henry Morgan e Francis Drake, alguns ratos dos mares de verdade que fizeram história na navegação, além dos personagens do cinema, como Capitão Gancho e Jack Sparrow. Mas também existiram saqueadoras de navios mulheres, igualmente corajosas e implacáveis, como a americana Sadie Farrell, que aterrorizou seu país em meados dos anos 1800. Conhecida como “Sadie, a Cabra”, a moça começou sua trajetória de ladra ainda em terra firme. Mas logo conquistou seu primeiro navio, e não parou mais de cometer crimes nos rios Hudson e Harlem, em Nova York. Conhecida como sádica, costumava golpear suas vítimas na cabeça, sem qualquer tipo de piedade. Sua marca pessoal mais distinta era colocar seus prisioneiros para andar na prancha em seu barco, literalmente.

François L’olonnais
O francês Jean David Nau foi vendido como escravo quando era criança, em meados dos anos 1600. Com o fim de seu “contrato”, no Haiti, ele assumiu o codinome François L’olonnais e passou a saquear navios mercantes da Espanha e Índias Ocidentais (atuais Bahamas e Antilhas) nas águas do Caribe. Foram anos e mais anos de carreira, até que seu navio encalhou na costa do Panamá, durante uma fuga. Obrigado a desembarcar em busca de ajuda, junto com sua tripulação, o capitão e seus marinheiros acabaram capturados por índios da tribo dos Kuna, conhecida pelo canibalismo.  Pelas mãos dos nativos, conheceu um fim tão macabro quanto o que promoveu ao longo de sua carreira.

Nicholas Brown, o Grande Pirata
O inglês Nicholas Brown entrou para a história com o pomposo apelido de “o Grande Pirata”, depois de fazer fama saqueando navios ingleses, espanhóis e portugueses — a maioria no litoral jamaicano —, no início do século 18. Na esperança de que ele parasse de cometer seus crimes, lhe foi concedido um “perdão real”. Não funcionou. Logo, o capitão estava na ativa novamente. Caçado pelo governo jamaicano, foi traído por um seguidor e morreu em 1726, por conta de ferimentos ao resistir à prisão.

Edward Low
Outro pirata de origem inglesa, que teve uma infância pobre, na Londres natal, e se acostumou a praticar pequenos furtos desde cedo. Ao se casar, ainda jovem, Edward Low se mudou com a esposa para os Estados Unidos, em busca de melhores oportunidades. Mas, ao perder a mulher, que morreu no parto, voltou a cometer crimes, converteu-se em pirata e se tornou um dos saqueadores mais famosos de sua época. De hábitos discretos, mantinha uma pequena frota de embarcações e queimava os navios saqueados. Seu fim ainda é um mistério. Alguns acreditam que o capitão possa ter naufragado durante uma tempestade na costa brasileira, outros apostam que foi vítima de um motim. Mas existem outras teorias. Ninguém sabe qual é a verdadeira história.

Roberto Cofresí
Que Jack Sparrow que nada. O verdadeiro Pirata do Caribe foi este porto-riquenho, de Cabo Rojpo. Considerado uma espécie de Robin Hood, ele roubava ouro dos navios espanhóis para dar aos pobres. Foi executado em 1825, aos 33 anos.

Henry Every
Atuou como pirata por um período de apenas dois anos, nos oceanos Atlântico e Índico. Tempo suficiente para ser considerado um dos mais traiçoeiros de todos os tempos. Com grande técnica em emboscadas e em navegações de águas turbulentas, “Long Ben” (como era conhecido) foi responsável por um dos ataques mais lucrativos da pirataria: cerca de 78 milhões de dólares, em valores de hoje, que lhe teria proporcionado uma aposentadoria tranquila. Depois disso, nunca mais foi visto.

William Kidd, Capitão Kid
Oficial da Marinha inglesa, o escocês William Kidd desertou em 1695, com navio e tudo, quando atuava como corsário, tornando-se um dos mais célebres piratas da época. Ganhou o respeito de sua tripulação devido a um feito gigantesco: o ataque às embarcações da East India Company. Ao descobrir que estava sendo caçado por isso, Kid escondeu uma parte de seu tesouro em uma ilha. No entanto, o capitão não teve nem tempo de usá-lo como barganha: capturado em Boston, foi levado à Inglaterra para julgamento. Condenado à execução, continuou famoso, após a morte, por conta de tesouros que teria escondido por aí.

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Anne Bonny
Tão terrível quanto qualquer fora da lei dos sete mares, a irlandesa Anne Bonny — que antes de virar pirata vivia uma vida tranquila de mulher casada — fez fama como “homem” da tripulação do capitão Calico Jack (John Rackham). Lutou sob o comando do capitão junto com sua amiga Mary Read, outra pirata-celebridade. Ao ser presa, teve a vida poupada por estar grávida, possivelmente do próprio capitão. Viveu até os 93 anos.

Eduard Teach, o Barba Negra

Entre 1716 a 1718, a bordo do navio Queen Anne’s Revenge e no comando de um exército de 300 piratas, que se distribuíam por quatro embarcações, o inglês fez fama e fortuna (o equivalente a US$ 12,5 milhões) como saqueador implacável no Mar do Caribe. Era conhecido por enfrentar suas batalhas segurando duas espadas ao mesmo tempo, além de levar várias facas e pistolas na cintura, e ganhou fama ao derrotar o navio de guerra HMS Scarborough. Abordou navios suficientes para gerar o pânico à mera citação de seu nome.

Henry Morgan, o rei dos Piratas
Nascido em 1635, no País de Gales, o ex-oficial inglês se converteu em “Rei de Todos os Piratas”, saqueando boa parte do ouro tirado pelos espanhóis de suas colônias. Calcula-se que tenha pilhado mais de 400 navios ao longo de sua carreira. Sua maior conquista foi tomar a rica cidade do Panamá, no comando de 30 navios e 1200 homens. O que o capitão não sabia é que, durante esse ataque, em 1670, Inglaterra e Espanha tinham acabado de assinar um acordo de paz – o que o tornava, aos olhos do rei Charles 2º, um pirata. Acabou preso e levado de volta à Inglaterra. Cumprida a pena, foi para a Jamaica, onde viveu até o fim de sua vida. É tão popular no Caribe que uma marca de rum carrega o seu nome.

Bartholomew Roberts (Black Bart)

O galês Bartholomew Roberts era oficial da marinha britânica quando foi capturado por ratos do mar e se converteu em Black Bart. Apontado como o pirata mais bem sucedido de seu tempo, chegou a capturar mais de 450 navios. E isso em apenas três anos de “carreira” (entre 1719 e 1722). Era muito admirado por sua tripulação, devido à coragem. Morreu em uma batalha vigorosa contra um navio inglês comandado por Chaloner Ogle.

Ching Shih
Mais fascinante e bem-sucedida pirata do sexo feminino, a chinesa Ching Shih (também conhecida como Cheng I Sao) conquistou o cargo igual ao de seu  marido, o pirata Zhèng Yi, que comandava a infame Frota Bandeira Vermelha. Com a morte dele, ela assumiu o posto de capitã, passando a controlar mais de 1500 navios e 80 mil homens. Saqueou embarcações ao longo da costa do Mar do Sul da China, ao mesmo tempo em que impunha um rigoroso código de conduta sobre a sua tripulação. Recebeu anistia do governo chinês, em troca de paz, e ainda garantiu um bom capital e empregos aos seus tripulantes. Depois, seguiu sua vida no comando de um cassino e de um bordel.

Por Naíza Ximenes, sob supervisão do jornalista Gilberto Ungaretti

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