Após 76 anos no fundo do mar, histórico veleiro é encontrado e reformado para voltar a navegar

24/06/2020

Objeto de culto entre os fãs de veleiros clássicos de madeira, o barco Ester começou a navegar em 1901, na Suécia. Foi projetado por Gunnar Mellgren com a missão específica de correr contra a Finlândia e defender a taça Tivoli. Além disso, fez mais: venceu todas as 29 regatas das quais participou. E virou lenda das águas. Até que, em 1939, após um incêndio, o imbatível 50 pés (de 15,3 metros) afundou, em Normanön, perto da cidade de Örnsköldsvik, na costa alta da Suécia.

O veleiro de madeira permaneceu intocado no fundo do mar durante 76 anos. Em 2012, usando um sonar, os suecos Per Hellgren Bo Eriksson e Jan Olof Backman localizaram assim, seus destroços, por isso, em 2015, portanto, decidiram resgatá-lo, com o objetivo de restaurá-lo nos mínimos arrebites e fazê-lo voltar a navegar. Nesses registros fotográficos, feitos em agosto do ano passado, durante uma regata na Semana Clássica de Mônaco, podemos observar o ressurgimento. No entanto, o Ester voltou do mundo dos mortos, trazendo em seu casco, o irrevogável glamour do passado.

Barco Ester navegando

Foto: barco Ester navegando após reforma

LEIA TAMBÉM
>> Iates do futuro: a tecnologia que promete mudar a concepção da navegação
>> Iate assinado pela Porsche Design é concluído na Suécia
>> Marine Express apresenta nova geração da linha de displays multifuncionais da Raymarine

“Quando o içamos do fundo lamacento, a estrutura do barco, naturalmente, estava muito frágil. Reunimos a nata de técnicos internacionais para restaurar casco, armações, cordame, velas etc. Graças aos documentos precisos que encontramos na Suécia, conseguimos acompanhar à risca os detalhes da construção original. Foi uma aventura incrível. O resultado excedeu até as nossas expectativas mais loucas”, conta Ericsson.

Foto: barco Ester navegando após reforma

Brilho para os olhos, o Ester renasceu bonito, como sempre foi. Os restauradores deram atenção especial à originalidade do projeto. Porém, algumas exceções foram feitas quando os materiais modernos ofereciam uma vantagem significativa, como o aço inoxidável usado para substituir as estruturas de aço macio e os rebites ocos. Colas modernas também substituíram as colas de época. Bem como, as espécies de madeira, que utilizadas são iguais ou similares às originais, mas mais sustentáveis.

O sonho de três suecos de reconstruir este puro-sangue icônico se materializou. Seu destino agora é disputar regatas no Mediterrâneo, por exemplo, numa emocionante viagem ao passado.

Gostou desse artigo? Clique aqui para assinar o nosso serviço e ter acesso ao nosso envio de notícias por WhatsApp com os conteúdos.

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    No NÁUTICA Talks, ex-piloto de avião Renato Oliveira vai contar como foi dar volta ao mundo em veleiro

    Renato levará experiência que levou 3 anos à série de palestras que acontecem durante o Rio Boat Show 2024

    FS Yachts lança nova lancha FS 355, com duas opções de motorização

    Lançamento do estaleiro catarinense vai ganhar as águas já na primeira semana de abril

    Entenda por que a duna de Jericoacoara está prestes a ser engolida pelo mar

    Cartão-postal do Ceará pode estar com os dias contados devido à interferência humana no processo de formação da duna

    NÁUTICA Talks terá papo com casal que sai de jet em busca de ondas gigantes

    Michelle de Bouillions e Ian Cosenza contarão como é viver essa experiência ao redor do mundo durante o Rio Boat Show 2024

    Barcos submersos há 7 mil anos já traziam tecnologias utilizadas até hoje

    Encontrados no fundo de um lago na Itália, barcos já carregavam consigo soluções náuticas modernas