Após 76 anos no fundo do mar, histórico veleiro é encontrado e reformado para voltar a navegar
Objeto de culto entre os fãs de veleiros clássicos de madeira, o barco Ester começou a navegar em 1901, na Suécia. Foi projetado por Gunnar Mellgren com a missão específica de correr contra a Finlândia e defender a taça Tivoli. Além disso, fez mais: venceu todas as 29 regatas das quais participou. E virou lenda das águas. Até que, em 1939, após um incêndio, o imbatível 50 pés (de 15,3 metros) afundou, em Normanön, perto da cidade de Örnsköldsvik, na costa alta da Suécia.
O veleiro de madeira permaneceu intocado no fundo do mar durante 76 anos. Em 2012, usando um sonar, os suecos Per Hellgren Bo Eriksson e Jan Olof Backman localizaram assim, seus destroços, por isso, em 2015, portanto, decidiram resgatá-lo, com o objetivo de restaurá-lo nos mínimos arrebites e fazê-lo voltar a navegar. Nesses registros fotográficos, feitos em agosto do ano passado, durante uma regata na Semana Clássica de Mônaco, podemos observar o ressurgimento. No entanto, o Ester voltou do mundo dos mortos, trazendo em seu casco, o irrevogável glamour do passado.
Foto: barco Ester navegando após reforma
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“Quando o içamos do fundo lamacento, a estrutura do barco, naturalmente, estava muito frágil. Reunimos a nata de técnicos internacionais para restaurar casco, armações, cordame, velas etc. Graças aos documentos precisos que encontramos na Suécia, conseguimos acompanhar à risca os detalhes da construção original. Foi uma aventura incrível. O resultado excedeu até as nossas expectativas mais loucas”, conta Ericsson.
Brilho para os olhos, o Ester renasceu bonito, como sempre foi. Os restauradores deram atenção especial à originalidade do projeto. Porém, algumas exceções foram feitas quando os materiais modernos ofereciam uma vantagem significativa, como o aço inoxidável usado para substituir as estruturas de aço macio e os rebites ocos. Colas modernas também substituíram as colas de época. Bem como, as espécies de madeira, que utilizadas são iguais ou similares às originais, mas mais sustentáveis.
O sonho de três suecos de reconstruir este puro-sangue icônico se materializou. Seu destino agora é disputar regatas no Mediterrâneo, por exemplo, numa emocionante viagem ao passado.
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