Baleias jubarte são atração especial em Ilhabela durante a Semana de Vela

15/07/2019

A pergunta que não quer calar: o que as baleias jubarte estão fazendo em Ilhabela? São muitas. Apenas neste ano, foi registrada a presença de 84 desses gigantescos e dóceis animais em águas da capital brasileira da vela. Para decifrar esse enigma, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Turismo de Ilhabela escalou para uma palestra na Race Village os biólogos Júlio Cardoso e Marina Leite Marques. Ele, diretor de meio ambiente do Iate Clube de Ilhabela e coordenador do Projeto Baleia à Vista. Ela, do Projeto Viva, Baleias, Golfinhos e Cia., do Instituto Verde Azul.

Foto Julio Cardoso

Vindas de uma longa viagem das águas geladas da Antártica, as jubarte começaram a chegar em Ilhabela pouco a pouco, em números crescentes ano a ano. Em 2016, o primeiro ano da invasão, foram observadas 30 baleias dessa espécie. Em 2018, 42. Já em 2019, apenas entre os dias 4 de junho e 4 de julho, houve 53 registros de 84 (!) jubartes. “Surpreendentemente, elas estão passando bem próximo da costa”, conta Marina, que, ao lado da equipe do Viva, observa o fenômeno de um lugar privilegiado: Borrifos, no sul da ilha, onde foi instalado um ponto fixo de observação. “Não tem um horário certo para elas aparecerem. A gente monitora da hora que o dia nasce até a hora em que o sol se põe”, explica a bióloga. Uma dúzia dessas gigantes foram vistas até no Canal de São Sebastião.

Mas, afinal, que que elas estão fazendo em Ilhabela? Buscando comida, simplesmente descansando ou conquistando novos territórios? “Como a maioria das baleias que temos observado são jovens, ainda não em idade de reprodução, que se inicia aos 5 anos, é possível que estejam investigando novos territórios”, avalia Júlio Cardoso. Nada mais natural em se tratando de uma espécie que passou a se reproduzir em proporção geométrica. Estima-se que a população de jubartes na Antártica seja de 25 mil baleias.

Foto Julio Cardoso

“Aqui em Ilhabela, nunca se viu tantas baleias dessa espécie juntas, exceto há 300 anos, quando veio a caça e acabou com elas”, afirma o biólogo do Projeto Baleia à Vista. Que revela aos navegantes: o maior número de registros se deu entre a Ponta da Sela e a Ponta do Boi. Então, fica a dica: quem quiser apreciar o espetáculo das jubartes é só navegar nessa região.

Receba notícias de NÁUTICA no WhatsApp. Inscreva-se!

Para compartilhar esse conteúdo, por favor use o link da reportagem ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos e vídeos de NÁUTICA estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem nossa autorização ([email protected]). As regras têm como objetivo proteger o investimento que NÁUTICA faz na qualidade de seu jornalismo.

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    BR Marinas apresenta serviço de hospedagem de barcos no Rio Boat Show 2024

    Administradora da Marina da Glória, palco de mais uma edição do charmoso evento náutico, terá estande no Espaço dos Desejos

    Pisos personalizáveis e tapete flutuante da Growdeck estarão no Rio Boat Show 2024

    Defensas e porta-celular também fazem parte da lista de dez produtos exibidos pela marca durante o evento náutico

    CL Barcos levará veleiro da francesa Dufour ao Rio Boat Show 2024

    Embarcação de 41 pés representa a primeira do tipo no Brasil e poderá ser vista de perto de 28 de abril a 5 de maio, na Marina da Glória

    Mergulho Day: confira palestrantes que abordarão o tema durante o NÁUTICA Talks

    Com 5 palestras, o dia 3 de maio terá nomes de peso falando sobre a prática ao público do Rio Boat Show 2024

    NÁUTICA Talks: Tatiana Ribeiro palestra sobre biodiversidade desconhecida das Ilhas Cagarras

    Bióloga e mestre em ecologia está confirmada em bate-papo dentro do Rio Boat Show 2024