Arquipélago dos Alcatrazes, no litoral norte de São Paulo, é aberto ao turismo náutico

Por: Redação -
17/12/2018

O arquipélago dos Alcatrazes, localizado a 45 km do porto de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, foi aberto ao turismo náutico neste domingo (16). Um dos maiores ninhais de aves marinhas do Sul e Sudeste brasileiro, o arquipélago foi, desde a década de 1980 até 2013, local de exercício de tiros da Marinha e estava fechado para visitação.

É a primeira vez que o turismo na região é feito de forma organizada. A descida em terra continua proibida. Os turistas podem ver a ilha do barco e mergulhar de snorkel ou de cilindro em mais de dez pontos da região.

O passeio até o arquipélago pode ser feito apenas por meio de empresas autorizadas pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), órgão que, junto com a Marinha, faz a gestão da área. Lanchas particulares continuam proibidas de parar no local.

Há 32 operadoras cadastradas pelo órgão, mas apenas duas começaram a fazer o passeio neste domingo: Universo Marinho, com saídas de São Sebastião, e Colonial Diver, de Ilhabela. As operadoras cobraram por volta de R$ 700 pelo mergulho inaugural de cilindro.

Em janeiro, mais três devem iniciar as operações e, até março, mais cinco. Nessa etapa, haverá também barcos partindo de Bertioga e Santos – a lista de empresas autorizadas será disponibilizada no site do ICMBio.

LEIA TAMBÉM

>>Salão náutico alemão completará 50 anos em 2019
>>Yamaha anuncia estratégias de crescimento a médio e longo prazo
>>Azimut-Benetti fica em primeiro lugar no Order Book

Durante um ano e meio, pesquisadores vão analisar os impactos do turismo na preservação dos corais e no comportamento dos peixes. Depois disso, será avaliada a necessidade de fazer mudanças na visitação.

O refúgio abriga mais de 1 300 espécies, 100 delas estão ameaçadas de extinção. Lá encontra-se o maior ninhal de fragatas do Atlântico Sul e é área de alimentação, reprodução e descanso para mais de 10.000 aves marinhas.

Nas águas de Alcatrazes também há a maior quantidade de peixes do Sudeste do Brasil. Durante o ano inteiro, podem ser avistadas baleias-de-bryde e diversas espécies de golfinho. Já as baleias-jubarte aparecem por ali no outono e no inverno.

Em 2016, foi criado o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, que transformou a área de 674 km² em unidade de conservação.

O nome Alcatrazes vem de como eram chamadas espécies de gaivotas marinhas. Uma das hipóteses é que o batismo veio do viajante alemão Hans Staden, que passou dez meses como prisioneiro dos índios Tubinambás, no século 16. Na ocasião, ele navegou por ilhas do litoral paulista.

Quer conferir mais conteúdo de NÁUTICA?
A edição deste mês já está disponível nas bancas, no nosso app
e também na Loja Virtual. Baixe agora!
App Revista Náutica
Loja Virtual
Disponível para tablets e smartphones

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Confira um compilado com os mais de 60 barcos que estarão nas águas do Rio Boat Show 2024

    Iate, veleiros, catamarãs, lanchas e botes estarão atracados na Baía de Guanabara, de 28 de abril a 5 de maio

    Porsche exibe carros esportivos de luxo no Rio Boat Show 2024, incluindo sedã híbrido

    Com dois modelos, especialista em carros de luxo terá estande no famoso Espaço dos Desejos

    NÁUTICA Talks: em clima de Olimpíadas, CBVela explica sucesso do Brasil na vela

    Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela, e Luiz Guilherme, head de marketing da confederação, falarão sobre o tema no Rio Boat Show

    No NÁUTICA Talks, Guilherme Guimarães conta porque ilha no Caribe tornou-se o paraíso dos brasileiros

    Recifense que mora no local há mais de 20 anos vai contar tudo que quem pretende ir à ilha precisa saber; palestra acontece dentro do Rio Boat Show 2024

    No NÁUTICA Talks, Yuri Benites descortina turismo náutico no Lago de Itaipu

    Diretor de Turismo na Fundação PTI integra agenda de palestras durante o Rio Boat Show 2024