Anodos: o “must have” dos barcos. Confira as principais informações
Se você nem sabe o que é um anodo, prepare o bolso. O anodo é um dos menores (e mais básicos) componentes de qualquer barco. Mas, sem ele, a corrosão das partes metálicas que ficam em contato com a água (até mesmo dentro dos motores, por exemplo) seria capaz de arruinar qualquer embarcação em pouco tempo.
Para evitar que isso aconteça, ele — o anodo — é corroído, poupando assim componentes bem mais caros e sofisticados. Esta é a função do anodo: ser corroído no lugar dos outros. Ou seja, ele existe para ser sacrificado, feito um boi de piranha náutico. Daí o seu nome oficial: anodo de sacrifício.
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Basicamente, o que denomina-se Proteção Catódica, é, de forma prática, representado por um anodo, que não passa de um bloquinho sólido de metal, que, quando grudado a qualquer parte metálica submersa do barco, cumpre o papel de ser destruído no lugar dele. Isso acontece graças a um fenômeno chamado eletrólise, ou a corrente elétrica gerada pela união de dois metais submersos (o do anodo com outro qualquer, do barco), que irá corroer aquele de maior eletronegatividade — no caso, o anodo.
Mas, para que isso aconteça, existem outras particularidades que devem ser respeitadas, como mostramos nos dez tópicos abaixo:
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O melhor material para o anodo é o zinco ou liga de zinco com magnésio e alumínio, para uso no mar. Já nos barcos que ficam em água doce a melhor matéria-prima é a liga de magnésio.
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O anodo não deve ser pintado em hipótese alguma, porque isso tira completamente a sua capacidade de ser corroído.
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Também pelo mesmo motivo, o anodo não deve ser aplicado em partes pintadas. É preciso assegurar o contato dele diretamente com um metal.
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Os melhores locais para a instalação do anodo são os de pouca resistência à água, como dentro do escapamento do motor ou na base dos motores de popa, rabetas etc.
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Qualquer anodo deve ser substituído por outro quando a corrosão atingir 50% do seu tamanho. Porque, a partir daí, ele corroerá ainda mais rapidamente.
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Não dá para calcular exatamente a vida útil de um anodo, porque isso depende do tempo que ele permanecer na água — ou seja, quanto mais tempo submerso, mais rápido será o seu processo de corrosão. Por isso, ele deve ser verificado a cada seis meses e trocado, em média, a cada um ano completo.
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Todas as vezes que o seu barco estiver fora d´água, aproveite para ver o estado do anodo e passar uma escova ou palha de aço nele, a fim de eliminar a camada superficial já deteriorada.
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Em todas as revisões do motor, não esqueça de exigir que seja trocado o anodo interno. Ou, no mínimo, que ele seja limpo.
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O ideal é que o anodo seja aparafusado ou soldado em alguma parte metálica da propulsão, ou seja, eixo, leme, rabeta, flap, estrutura de plataforma de popa.
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Usar mais anodos do que o indicado pode surtir efeito contrário. Muitos metais farão com que a massa dos anodos fique “mais dura” e isso atrapalhará a sua corrosão. Que, afinal, é objetivo desta curiosa (mas fundamental) pecinha de metal.
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