As outras águas de Angra: um tour pela Baía de Ilha Grande. Não perca!

Por: Redação -
13/05/2021

Com mais de 100 ilhas, a Baía de Ilha Grande tem muito mais a oferecer para quem tem um barco, do que apenas o agito da Praia do Dentista. A começar por estas outras praias, onde quem dá o espetáculo é a natureza.

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Lagoa Azul

Apesar do nome copiado do filme homônimo (aquele da Brooke Shields ainda menininha…), vale a ressalva: a Lagoa Azul da Ilha Grande não é azul nem tampouco uma lagoa. É verdinha, quase transparente, e uma espécie de canal entre duas ilhotas, onde a água rasa e o fundo de areia branca lembram os dos filmes de Hollywood.

Não por acaso, nove em cada dez barcos que vão passear na Ilha Grande dão pelo menos uma passadinha aqui e muitos ficam o dia inteiro nesse cenário realmente de cinema.

Lagoa Azul

Praia da Feiticeira

Não é por acaso que há sempre um ou outro barco parado diante desta bonita praia da Enseada das Estrelas, no lado de dentro da Ilha Grande. E quem fizer o mesmo e desembarcar nela, entre grandes pedras fincadas na areia, logo descobrirá por quê – basta seguir uma pequena trilha que parte da praia e desemboca numa cachoeira com uns 15 metros de altura, de água fresca e cristalina, no meio da mata. É um passeio completo: mar e cachoeira na mesma praia. Entendeu por que tem sempre alguém por lá?

Praia da Feiticeira

Praia da Parnaioca

A Parnaioca fica na parte de mar aberto da Ilha Grande, mas nem parece. Suas águas são tão tranquilas para os banhistas e abrigadas para os barcos que a sensação é a de uma gigantesca piscina — até na cor bem clara da água. Principalmente nos cantos.

Tem, também, uma cachoeira não muito distante, uma pequena vila de moradores e (sempre) alguns barcos de pesca na paisagem, já que é uma das mais antigas comunidades da ilha. Um bom lugar para tomar banho de mar e sentar para admirar.

Praia da Parnaioca

Saco Dois Rios

Linda, não? Pois foi exatamente aqui, nesta cinematográfica praia, do lado de fora da Ilha Grande, que foi erguido, no passado, o famoso e famigerado presídio da Ilha Grande, depois desativado e implodido.

Hoje, não existe mais nada dele para ser visto, mas a sua praia — e que praia! — continua a mesma de antigamente, quando o acesso público era proibido: vazia, fascinante e com dois riozinhos, um em cada extremidade (os tais “dois rios” que batizam a praia), que, se penetrados, levam os visitantes até duas pequenas cachoeiras.

Saco Dois Rios

Praia da Camiranga

A praia da Camiranga é mais um dos pequenos segredos da Ilha Grande. Não é grande nem muito frequentada pelos barcos (que preferem parar na vizinha Praia da Feiticeira ou seguir em frente, rumo ao Saco do Céu), mas oferece a deliciosa possibilidade de tomar banho de água salgada e doce quase ao mesmo tempo.

Um cristalino riacho serpenteia a mata até chegar à praia, onde forma poços de água geladinha e doce. Ou seja, você sai do mar, caminha uma dúzia de passos e — tchibum! — mergulha no riacho. Ô coisa boa!

Praia da Camiranga

Praia dos Meros

Meros é um dos maiores tesouros da Ilha Grande: uma praia com um mar sempre claro e vazio, porque, como fica dentro de outra reserva ambiental da ilha, o desembarque é proibido. Ancorar o barco também não pode, embora um ou outro mergulho seja tolerado, desde que a pessoa não chegue até a areia — o que exige grande esforço, porque a praia é irresistível.

Mas o mergulho numa das águas mais limpas da ilha já vale o passeio. Ele só exige alguma atenção na entrada e saída, contornando a Ponta dos Meros a uma respeitosa distância das pedras.

Praia dos Meros

Ilhas Botinas

Não tem jeito. Você pode já ter ido lá uma dúzia de vezes, que, sempre que se aproximar com o barco das duas ilhotas gêmeas que formam as Botinas se impressionará com a cor do mar entre elas — como mostra a foto, que nada tem de photoshop.

As Botinas ficam bem pertinho do centro de Angra, quase propositalmente no caminho de quem vai para qualquer canto e, por isso mesmo, costumam ser visitadas por muitos barcos, o que exige certa sorte para ficar assim, com as ilhas só para si.

Mas, de manhã cedinho ou no finalzinho do dia (quando, inclusive, oferecem um por do sol magnífico), suas águas costumam estar vazias. Fica a dica.

Ilhas Botinas

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Praias de Leste e Sul

Viu? Pois saiba que olhar (e bem de longe, sem sequer parar o barco para ver melhor) é tudo o que você poderá fazer nestas duas praias ma-ra-vi-lho-sas da parte de fora da Ilha Grande.

Elas fazem parte de uma reserva biológica e, por isso, em nome da preservação, sua visitação é proibida. Não é permitido navegar perto da praia, ancorar, que dirá desembarcar —portanto, só vale a pena ir até lá se o destino for algum local vizinho.

Mas, neste caso, só o visual dos cinco quilômetros de areias imaculadas das praias de Leste e Sul, separadas apenas por uma ilha e um caprichoso riacho, valem como um bônus no passeio.

Praias de Leste e Sul

Praia do Aventureiro

Parece foto de calendário de parede: um gracioso coqueiro caprichosamente debruçado sobre a areia da praia, diante de um mar limpo e claro. A praia do Aventureiro, um pequeno povoado na parte de fora da Ilha Grande, hoje com acesso controlado de visitantes para não encher de gente, não chega a ter uma praia como nenhuma outra, mas o seu conjunto de pedras na beira d´água, que represam o mar e formam piscinas na maré baixa, é algo que não se encontra em qualquer canto – muito menos com um coqueiro desses na paisagem!

Para completar o passeio, quem caminhar até as pedras da costeira do outro lado da praia poderá ver, de longe, o visual das praias Leste e Sul, ambas (ao contrário do Aventureiro) com acesso proibido.

Praia de Lopes Mendes

Pegue esta imagem e a multiplique por três quilômetros de extensão. É, mais ou menos, o que você irá encontrar na grande (nos dois sentidos) praia Lopes Mendes, a última da parte de mar aberto da Ilha Grande.

“Mais ou menos” porque ainda faltaria acrescentar a mata virgem que acompanha toda a extensão desta praia sem construção humana alguma, os três riachinhos que a atravessam para desaguar no mar ao longo disso e a areia, fininha feito farinha, que emite gostosos “ics, ics” sob os pés. Lopes Mendes é tudo de bom.

O único inconveniente é que, para chegar lá de barco, é preciso navegar um bocado. Mas há uma saída: ancorar na bem mais próxima Enseada das Palmas, na parte de dentro da ilha e no lado oposto da praia, e caminhar alguns minutos por uma trilha. Vale qualquer esforço.

Praia de Lopes Mendes

Saco do Céu

Eis aqui um ótimo lugar para passear com o barco ou – melhor ainda! – dormir a bordo. O Saco do Céu, uma fechadíssima baía na parte de dentro da Ilha Grande, não tem esse nome por acaso: é quase um presente celestial para quem gosta de tranquilidade, inclusive para ancorar sem nenhum risco, já que ele tem as águas mais abrigadas de toda a ilha.

O mar ali é tão tranquilo que, nas noites de lua, reflete as estrelas na superfície, daí, aliás, o seu nome. E, de dia, oferece algumas prainhas (não muitas, é verdade, mas com água à prova de sustos).

Saco do Céu

Praia de Itaguaçu

Itaguaçu é uma pequena prainha na parte de mar abrigado da Ilha Grande, com uma faixa de poucos metros de areia amarelada, que contrasta bem com o verde da água e com as pedras escuras que brotam na beira-mar.

Não é grande nem famosa, mas costuma fascinar quem sonha em encontrar uma praia sem viva alma por perto, mas com muita natureza ao redor — a começar por grandes palmeiras que geram generosas sombras na areia. Uma praia do jeito que você gosta e para chamar de sua.

Praia de Itaguaçu

Freguesia de Santana

Olhando assim não dá para ver. Mas, logo atrás da orla de coqueiros que decora esta praia, há uma igreja, de 1802, que é um dos mais antigos monumentos da Ilha Grande.

É a igreja de Santana (contração de “Santa Ana”), nome que complementa o desta praia, a da Freguesia, que fica na parte abrigada da ilha, bem pertinho da Lagoa Azul, o que é outro motivo para esticar o passeio até lá. E há mais um: suas águas são muito tranquilas, ótimas para barcos e crianças.

Freguesia de Santana

Ilha de Paquetá

Apesar da aparência de paraíso (uma ilha verdejante dividida ao meio por uma praia de areias branquinhas, que permite banhos de mar dos dois lados dela), Paquetá fica bem perto das principais marinas e condomínios da Baía da Ribeira, em Angra —portanto a um tirico de barco delas.

Mal saiu, você já chegou. Perfeita para quem não quer ir longe. As crianças adoram e os donos de barcos também, porque as águas de Paquetá são bem protegidas. Um passeio rápido e muito gostoso.

Ilha de Paquetá

Ilhas de Cataguás

Até tempos atrás, a linda praia que se forma entre as duas ilhotas de Cataguás, praticamente em frente ao centro de Angra, era muito frequentada pelos barcos e escunas de passeios, o que lotava suas águas e areias.

Ilha de Cataguás

Mas, depois que o acesso dos barcos até a praia foi restringido por cordões de isolamento na água, o movimento despencou e a formosa Cataguás voltou a ser o que sempre foi: um idílico banco de areia branquinha, cercado pelo verde do mar de Angra por todos os lados. E como não há mais barcos pertinho da praia, os banhos de mar ficaram ainda mais gostosos. É só parar o barco um pouco distante e ir nadando até a praia.

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