Conheça a âncora de inox Delta, que equipa muitas lanchas importadas à venda no Brasil

06/11/2017

A âncora é um dos equipamentos mais importantes a bordo. Afinal, se o barco estiver perto da arrebentação ou das pedras, uma boa ancoragem é fundamental. Imagine, então, se o motor parar de funcionar: fica a cargo da âncora manter no lugar a lancha ou o veleiro (se não estiver ventando), até que o socorro chegue ou, então, o propulsor seja reparado.

A capacidade funcional da âncora depende muito do tipo de material do fundo, sendo a areia o melhor deles. Outro fator que contribui para essa capacidade diz respeito ao filame, isto é, a quantidade de cabo ou de corrente da proa até o fundo. A regra geral indica que quanto maior o filame, melhor. Na prática, costuma-se adotar a relação de 5:1, o que significa que o filame deve corresponder a cinco vezes a soma da profundidade com o valor da borda-livre na proa. Na verdade, quanto maior o filame, mais a âncora unha.

NÁUTICA já fez testes com vários tipos de âncoras. Desta vez, fizemos uma avaliação um pouco diferente, usando uma Delta de inox de 6 kg, produzida pela Lewmar. A Delta é uma âncora relativamente conhecida no estrangeiro e equipa muita lanchas importadas à venda no Brasil, sendo recomendada para barcos de 18 a 26 pés — ou até de 30 pés, no caso de embarcações leves e estreitas, como veleiros de competição.

Para a avaliação, em vez de um barco, usamos uma picape Saveiro Cross 4×2, equipada com dispositivo para transferir a tração sempre para a roda com maior aderência. Sua capacidade de tração na areia equivale, segundo nossas estimativas, a ventos de 15 a 20 nós incidindo sobre uma lancha de 20 pés. Isto nos permitiu verificar como a âncora unhou e facilitou, também, a verificação da imobilização do automóvel travado pelo ferro. Claro que estávamos com um filame muito maior que o usado na água, mas, com o uso da corrente e um filame de 10:1, a haste da âncora acaba trabalhando quase na horizontal, como aconteceu no teste.

Puxada pelo automóvel, que é impulsionado por um motor de 1.6 litro e 120 cv, da VW, a reluzente Delta unhou rapidamente e logo fez as duas rodas da picape patinarem sem conseguir mover o carro para a frente. Com isso, a força da Saveiro não foi páreo para a capacidade de fixação na areia da âncora de inox. E, assim, o objetivo desta avaliação, que era verificar se o ferro daria conta do recado de segurar um barco em ventos de Força 4 ou 5 (na escala Beaufort, que relaciona a intensidade dos ventos com a altura das ondas), foi cumprido, com resultado positivo para o produto: sim, você pode se sentir seguro se tiver uma Delta na proa do veleiro ou da lancha — muito mais até do que uma âncora Bruce, a mais comum em embarcações de lazer brasileiras.

Satisfeitos com o resultado na prova de tração, partimos para o acondicionamento da âncora no paiol de uma lancha de 19 pés (5,80 m) de comprimento, portanto, um espaço pequeno. E a âncora da Delta, que não tem partes móveis, adequou-se perfeitamente. Em caso de emergência, situação na qual a âncora tem de ser lançada em fundo rochoso, a resistência do inox é superior à do alumínio, o que também conta pontos para o produto.

Apenas o manuseio de um ferro de 6 kg não é lá tão fácil, principalmente em mar agitado, estando na proa do barco. Já quanto ao preço, não temos dúvida de que esta âncora custa caro. No entanto, a Navetron promete trazer a Delta de aço galvanizado, o que significa que o custo de ambas, nas capacidades equivalentes, deve ser semelhante. Enfim, logo teremos disponível no mercado mais uma boa opção de âncora.

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