50 pés e nada mais
Disputada a cada quatro anos, como uma copa do mundo, em barcos equipados com alta tecnologia naval, a America’s Cup é o desafio náutico mais caro (e chique) do mundo, com orçamento aproximado de R$ 3 bilhões. Para se ter uma ideia de custos, apenas os mastros — feitos de um material especial — chegam a custar 1 milhão de dólares. Pois bem, em tempos de crise econômica, a ordem é reduzir esses custos. Por isso, no ano passado, a organização da prova havia anunciado que na próxima edição da America’s Cup — a 35ª, marcada para 2017 — os catamarãs de 72 pés utilizados na edição 2013 seriam substituídos por um modelo de 62 pés. Seriam! A nova ordem é que os AC72 e os AC62 sejam substituídos por veleiros ainda menores: a America´s Cup Class, com velas do tipo Asa e limitados no tamanho entre 45 e 50 pés. A mudança de regra com o jogo em andamento fez com que o sindicato italiano Luna Rossa, que já trabalhava no desenvolvimento do AC62, desistisse da disputa. Porém, no Fórum de Competidores, composto pelas seis equipes atualmente inscritas na America´s Cup, a maioria votou pela aprovação, sob o argumento de que o custo atual é muito alto. “Não foi um processo fácil”, admitiu Jimmy Spithill, capitão do Oracle Team USA. “As equipes estabelecidas, incluindo nós mesmos, estavam praticamente finalizando a concepção do AC62. Mas existe algo bem maior a se considerar. Precisávamos reduzir os custos, mas tínhamos de respeitar o componente de design do evento, que sempre foi um dos maiores desafios para se vencer uma America´s Cup”.
“Para ser um sucesso global, a America´s Cup precisa ser acessível para as melhores equipes, não apenas às maiores e mais ricas”, defendeu também Franck Cammas, capitão da equipe Team France. “Portanto, temos de realizar estas mudanças.”
A redução no orçamento pode gerar a entrada de novos competidores, com pelo menos uma equipe potencial da Ásia em vias de confirmar e outras equipes internacionais ainda avaliando a entrada na disputa, cuja essência é o match race, a corrida de um contra o outro; ganha quem chega na frente, não há segundo lugar.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Nova embarcação de 21 pés do estaleiro fará estreia no Rio; evento vai de 28 de abril a 5 de maio, na Marina da Glória
Com público de 33 mil pessoas e mais de 200 barcos vendidos, evento foi descrito como um dos mais espetaculares salões náuticos do Brasil
Empresário no segmento náutico e jornalista por formação, Walter levará experiência de quase 30 anos ao Rio Boat Show 2024
Mais de 10 produtos serão expostos no estande da marca de 28 de abril a 5 de maio, na Marina da Glória
Além de experimentar a sensação de comandar um barco, visitantes do evento náutico poderão entender a fundo o papel da instituição nacional e receber dicas de segurança