24ª edição da Regata Neptunus homenageará um dos maiores nomes da vela no país

Por: Redação -
06/12/2018
Foto: José Olimpio

Já tradicional no calendário nacional, a Regata Neptunus está confirmada para o domingo, dia 16 de dezembro, para sua 24ª edição que irá encerrar a temporada de Vela Oceânica no Brasil, definir os campeões nacionais de 2018 da Associação Brasileira de Veleiros do Oceano, a ABVO, e também homenagear Sérgio Mirsky, um dos maiores nomes do esporte do Brasil.

A competição terá largada nas proximidades da Escola Naval a partir das 13h com percurso nas águas da Baía de Guanabara e ilhas próximas ao litoral do Rio; a expectativa é receber em torno dos 30 barcos e mais de 200 velejadores divididos nas categorias ORC (Offshore Racing Council), IRC (International Rating Certificate), RGS e Cruzeiro. As inscrições estão em andamento e podem ser feitas pelo email [email protected].

A competição foi criada em 1995 para homenagear Sérgio Mirsky, um dos maiores velejadores da história do Brasil. Mirsky é o detentor do maior número de milhas nevagadas em regatas pelo Brasil possuindo o expressivo número de 28 fitas azuis (de primeiro lugar) com 35 participações na tradicional Regata Santos-Rio. Foi pioneiro ao trazer barco de fibra de vidro ao país em 1968.

“A Regata tem o nome Neptunus pois homenageia meu pai que velejou sempre em barcos nomeados Neptunus, I, II, III, IV, V e por aí vai, é um barco que brilhou durante 60 anos na América do Sul, correu todas as regatas na época, fez Buenos Aires-Rio de Janeiro, Salvador-Rio, Recife-Noronha, e ele era obcecado pela Fita Azul para cruzar a linha em primeiro lugar. Participava de todas as regatas e isso criou um mito por ser o atleta mais assíduo no esporte e isso gerou força para a vela principalmente na década de 70, 80. Foi um exemplo de velejador, comandante. E eu nasci nesse ambiente, velejo desde os 25 dias de nascido, virei profissional da Vela”, aponta o filho André Mirsky, que detém três vice-campeonatos Mundiais de Vela Oceânica, títulos do Campeonato Italiano, da travessia do Mar Egeu, participou da Volvo Ocean Race em 2005 no barco Brasil I.

“Em 1995 o Iate Clube do Rio de Janeiro quis fazer uma homenagem ao Sérgio ainda em vida e passaram a organizar a Neptunus. É o fechamento do ano, de dois anos para cá a ABVO colocou a etapa como fechamento do ano no ranking nacional e isso me deixa muito orgulhoso. Quando ele faleceu (em 2005) ficamos muito tristes pois ele patrocinava e ajudava na regata. Muitos grandes velejadores às vezes só aparecem no dia para participar da regata, colocar a camisa do Neptunus em homenagem a ele. Então é um final de semana festivo, mas com muita competição, muitos barcos na raia e estamos muito orgulhosos com o crescimento dela”, finalizou André que participará no barco Neptunus HP na categoria IRC.

A competição já tem presenças confirmadas de barcos do Rio de Janeiro e Niterói como Ângela de Peter Siemsen, Sorsa de Celso Quintella, Maximus do Comandante Ralph Rosa, Duma de Haakon Lorentzen, Maestrale do Almirante Casaes defendendo seu titulo.

A 24ª Regata Neptunus terá a forte disputa pelo vice-campeonato nacional da Copa Brasil ABVO, da classe ORC, entre o e Maestrale e Santa Fé com distância de apenas três pontos entre ambos. O líder com o título nacional praticamente garantido é o Bravíssimo 4, de Luciano Sechin. “A Regata Neptunus será a última do calendário nacional e carioca e válida para o Estadual da Regra ORC. No estadual o Maestrale lidera por apenas 3 pontos de vantagem sobre o veleiro Santa Fé. O Maestrale já foi Campeão Estadual por três vezes e tentará levantar esse caneco pela quarta vez. Esperamos bastante barcos na Neptunus, na casa de três dezenas, mais de 200 velejadores, mas a diferença que o Bravíssimo conseguiu abrir na Copa Brasil dificilmente será superada com apenas mais esta regata. Assim, na regra ORC a principal disputa está pelo vice campeonato entre o Maestrale LogSub MAPMA e o Crioula de Eduardo Plass”, declarou o Comodoro da Associação Brasileira de Veleiros do Oceano, Adalberto Casaes, que também é comandante do Maestrale: “Na categoria IRC, Rudá, com Mário Martinez, já se tornou campeão nacional. Na BRA RGS a disputa permanece aberta entre os três primeiros colocados: Zeus, Sargaço, e Dorf.”

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