Fique atento aos 10 erros mais comuns de quem sai para navegar

Por: Redação -
16/09/2021

O assunto abordado no 16º programa Loucos Por Barcos, exibido nesta quarta-feira (15), foi “os erros mais comuns de quem navega”. Para te ajudar a não cometer tais erros, NÁUTICA separou os 10 mais comuns, mas antes de citá-los, especificamente, lembre-se: o maior de todos os erros e que se aplica a qualquer situação, sempre, é a falta de bom senso!

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Vamos lá:

1. Não se informar sobre o tempo: Saber a previsão do tempo é fundamental, mas muita gente esquece de checar ou não a importância devida com o pensamento: “Só vou dar uma voltinha, até ali…”. E nada pior que ser surpreendido pelo vento forte quando se está navegando. A previsão do tempo é bem confiável hoje em dia e há várias fontes fáceis de acessar e entender na internet e por meio de aplicativos para ‘Smartphones’.

2. Sair com pouco combustível: O cálculo de combustível deve ser feito em função da distância e não de horas que se irá navegar, porque o consumo em velocidade de cruzeiro é maior que o consumo médio horário. O certo é saber quantos litros seu barco gasta para percorrer uma milha, lembrando que o consumo aumenta com o barco carregado ou se o mar estiver (ou ficar inesperadamente) agitado. Regra “dos terços” sempre funciona bem!

3. Usar combustível velho: Gasolina no tanque há mais de dois meses e diesel há mais seis se deterioram e ainda têm grandes chances de absorver água — e isso pode estragar o motor! Use sempre combustível novo e preste muita atenção ao período de troca e limpeza dos filtros de combustível. Aditivos ajudam. Combustíveis Premium têm validade maior que os comuns.

4. Não consultar a carta náutica: Sem uma carta náutica, a probabilidade de problemas na navegação é bem maior. Angra dos Reis, com suas pedras encobertas pela água é um exemplo típico! Na dúvida, pare o barco, examine bem a área e navegue apenas onde tiver certeza de que há profundidade suficiente para o seu barco passar. Esqueça os atalhos: cortar caminho pode ser fatal para o passeio e o casco do seu barco. Assim como no item “Previsão do Tempo”, cartas náuticas eletrônicas, para ‘Tablets’ e ‘Smartphones’ servem como excelente REFERÊNCIA para a navegada e são fáceis de operar e consultar em tempo real.

5. Beber umas e outras: Se vale para dirigir automóvel, também vale para quem pilota barcos. Se bebeu, passe o comando para outra pessoa habilitada e totalmente sóbria. A bebida é uma das causas mais comuns de acidentes náuticos. Erro é pensar que se pode beber e pilotar, infelizmente, é mais comum do que parece.

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6. Desobedecer limitações da embarcação: Todo barco é projetado para navegar dentro de certos limites. Uma lancha de águas abrigadas não pode enfrentar mar aberto, e tampouco um veleiro costeiro pode se aventurar em travessias oceânicas. Um barco fora do limite da sua categoria fica muito vulnerável a questões meteorológicas.

7. Levar gente demais a bordo: Carga demais a bordo gera sério risco de acidente. O excesso de peso deixa a borda livre menor o beiral mais próximo da água, assim, uma onda ou marola mais alta pode atravessar o costado e inundar o barco. Vale atentar que, muitas vezes o limite máximo dado pelo estaleiro observa condições perfeitas de mar e tempo e isso, quase sempre não é o que ocorre na prática. Bom senso é tudo!

8. Esquecer da manutenção: Além da revisão de motores e geradores, que é sagrada, é preciso inspecionar sempre os filtros, válvulas do casco, anodos, gaiutas, vigias, tanques, mangueiras, abraçadeiras e a instalação elétrica, para eventuais reparos ou limpeza. Geralmente esse ato poupa muitas perturbações e, claro, evita expor as pessoas a riscos desnecessários.

9. Ignorar os itens de segurança: É importante conhecer cada item — começando por saber vestir o colete salva-vidas — e onde ficam os coletes, foguetes sinalizadores e extintores. Além disso, é preciso lembrar de trocar o material que estiver com o prazo de validade vencido.

10. Não se proteger contra o sol: Quem sai de barco deve usar protetor solar para a pele e capota para o barco, mesmo no inverno. Além do risco de câncer, há também o perigo da insolação, que provoca forte mal-estar (dor de cabeça, sede, pele quente, dificuldade de respirar, pulsação rápida) e pode causar até desmaio.

Mas, e se…

…o tempo virar de repente?
Se o barco for pequeno, procure abrigo — é melhor dormir protegido por uma ilha do que arriscar uma viagem (retorno) com mar grosso. Se não houver nenhum local próximo, procure navegar no mesmo sentido das ondas (mantendo-se no cavado entre elas ou com a proa colada na ondulação a frente), porque geralmente é menos perigoso do que tentar ir contra elas. Se as bombas não derem conta de drenar a água que, eventualmente, entrar no barco, coloque todos a bordo para ajudar a tirá-la, usando o que tiverem à mão, como copos, vasilhas e até máscaras de mergulho. Use o rádio para informar sua situação e localização para os barcos que estiverem na região, para monitoramento ou um eventual resgate. Lembre-se a solidariedade no mar é muito mais eficiente do que em terra!

…o motor parar de funcionar?
A primeira coisa a fazer é ancorar, não ficar a deriva de forma alguma. Com isto, o barco ficará de proa para as ondas, o que é muito mais seguro do que deixá-lo à deriva, recebendo ondas (e embarcando água) pela popa ou rolando lateralmente de forma descontrolada. Solte bastante cabo de amarra, para garantir que a âncora unhe bem no fundo. Verifique se o problema não é simples de resolver, como mau contato dos cabos com a bateria ou se o corta-circuito não se soltou. Lembre-se também de que a maioria dos motores não tem partida se os manetes de aceleração estiverem engatados. Se não for nada disso, solicite reboque pelo rádio.

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