Velejadores olímpicos são campeões na Guarapiranga

Por: Redação -
07/11/2017
Foto: Douglas Moreira

O campeão olímpico da classe Tornado nos Jogos de Moscou, em 1980, Alex Welter, e o campeão mundial de Snipe e também velejador olímpico (Sydney e Atenas) Alexandre Paradeda, conquistaram os Campeonatos Paulistas de A-Class e de Snipe, respectivamente, neste fim de semana prolongado na Represa Guarapiranga, em São Paulo. No dia decisivo, rajadas de noroeste acima de 20 nós (mais de 40 km/h) impulsionaram mais de 50 barcos nas duas competições organizadas por Yacht Club Paulista (YCP) e Yacht Club Santo Amaro (YCSA).

Welter (YCSA) obteve seis vitórias em oito regatas, enquanto Paradeda venceu quatro de sete provas ao lado de Anna Júlia Tenório, representando a Escola de Vela de Ilhabela (EVI). “O Paulista foi muito bom para animar a classe. Depois do Brasileiro em abril, em Búzios, quase não houve movimentação na A-Class. Em 2018 o Brasileiro será na Guarapiranga e esperamos um nível ainda mais elevado. Não posso bobear”, afirmou Welter, referindo-se à evolução dos adversários nos catamarãs (barcos de dois cascos).

Tetracampeão brasileiro de A-Class, multicasco assim como o Tornado, Welter é sempre referência para os demais velejadores. “Adoro velejar contra o Alex. Raramente eu ganho dele, mas quando venço, posso dizer que ganhei de um campeão olímpico”, brincou Alberto Kunath, terceiro no Paulista e vencedor da última regata. “A diferença é que precisamos treinar muito para nos aproximarmos dele. É uma honra correr com ele, elogiou Kunath”. Ricardo Lowy foi o segundo colocado, com o trio do YCSA no pódio.  

Alex Wélter, campeão na A-Class (Foto: APJ Esportes)

O Campeonato Paulista ratificou a consolidação da classe com mais de 40 barcos na Guarapiranga. Duplas de Ilhabela, São Sebastião, Santos, Rio de Janeiro e Porto Alegre disputaram a competição paulistana. Ao lado dos campeões Xandi Paradeda e Anna Júlia, Rafael Gagliotti e Henrique Wisniewski, de Santos (ICS), com a prata, e Rique Wanderley e Richard Zietmann (YCSA), com o bronze, completaram o pódio. José Hackerott e Bernardo Lobo (YCP) venceram na categoria júnior.  

Contratado há um mês pela prefeitura como técnico da Escola de Vela de Ilhabela, Paradeda foi humilde ao falar sobre o título paulista. “As quatro primeiras regatas foram muito difíceis devido ao vento constantemente rondado. Tudo o que fizemos deu certo. Tivemos mais sorte do que juízo”, declarou o velejador gaúcho, representante da classe 470 em duas olimpíadas e campeão brasileiro de Snipe em janeiro deste ano em Ilhabela.

A ilhabelense Anna Júlia, aluna de Paradeda na EVI, foi eficiente como proeira de seu professor em seu primeiro Campeonato Paulista. “Antes da Snipe, eu velejava de Optimist e depois fiquei um ano na Laser. Hoje, aprendo tudo sobre vela com o Xandi. Pretendo cursar Educação Física e seguir carreira na vela”, desejou a estudante e velejadora de 16 anos. O Brasileiro de Snipe de 2018 está marcado para Porto Alegre. No ano seguinte a competição será em São Paulo com projeção de 100 barcos na Guarapiranga.

Campeonato Paulista de A-Class (8 regatas, 2 descartes)

1 – Alex Welter (YCSA) – 6 pontos perdidos

2 – Ricardo Lowy (YCSA) – 14 pp

3 – Alberto Kunath (YCSA) – 17 pp

Campeonato Paulista de Snipe (7 regatas, 1 descarte)

1 – Paradeda / Tenório (Mista – EVI) – 6 pontos perdidos

2 – Gagliotti / Wisniewski (Sênior – ICS) – 9 pp

3 – Wanderley / Zietmann (Máster – YCSA) – 17 pp

Categoria Júnior

1 – José Hackerott / Bernardo Lobo (YCP) – 39 pp

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    FS Yachts lança nova lancha FS 355, com duas opções de motorização

    Lançamento do estaleiro catarinense vai ganhar as águas já na primeira semana de abril

    Entenda por que a duna de Jericoacoara está prestes a ser engolida pelo mar

    Cartão-postal do Ceará pode estar com os dias contados devido à interferência humana no processo de formação da duna

    NÁUTICA Talks terá papo com casal que sai de jet em busca de ondas gigantes

    Michelle de Bouillions e Ian Cosenza contarão como é viver essa experiência ao redor do mundo durante o Rio Boat Show 2024

    Barcos submersos há 7 mil anos já traziam tecnologias utilizadas até hoje

    Encontrados no fundo de um lago na Itália, barcos já carregavam consigo soluções náuticas modernas

    Marte influencia oceanos da Terra com “redemoinhos gigantes”; entenda

    Ciclos provocados pela interação entre os planetas faz com que as correntes oceânicas profundas fiquem mais vigorosas